• Matéria: Ed. Física
  • Autor: grsaralarinatica15
  • Perguntado 6 anos atrás

Quem está no vôlei há mais de uma década não se cansa de agradecer e elogiar os aparatos tecnológicos que existem hoje à disposição. As comissões técnicas, que antes eram formadas por treinador, assistente-técnico e preparador físico, hoje contam com a presença de um estatístico, profissional que trabalha diretamente com vários programas que passam dados online de tudo que acontece em uma partida. De trás da quadra, o estatístico digita o que vê para o assistente, logo ali no banco de reservas. As informações chegam ao treinador rapidamente, facilitando o trabalho na parte técnica e tática; Em tempo recorde, os dados passados de forma instantânea permitem a análise e leitura de aproveitamento em fundamentos e índices dentro de um jogo. Imagine a situação de um atacante em um jogo de voleibol que tem acertado todas as bolas de ataque, com ótimo aproveitamento. Como a tecnologia e os recursos citados no texto podem contribuir para que o time adversário neutralize ou diminua o grande rendimento deste jogador? ​

Respostas

respondido por: byahsillva42
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Resposta:De trás da quadra, o estatístico digita o que vê para o assistente, logo ali no banco de reservas. As informações chegam ao treinador rapidamente, facilitando o trabalho na parte técnica e tática. "O nosso técnico Marco Pacheco até brinca dizendo que todos estes programas são como uma Ferrari. É algo de outro mundo mesmo", brinca Marcel Marz, assistente do Sesi-SP, um dos finalistas da decisão do próximo domingo

Em tempo recorde, os dados passados de forma instantânea permitem a análise e leitura de aproveitamento em fundamentos e índices dentro de um jogo.

O programa DataVolley é o responsável por mostrar os dados, enquanto o DataVideo mostra as informações por meio de imagens, dando um importante complemento ao estudo do próprio time e do adversário.

Há poucos anos, acompanhando a chegada dos tablets, um novo programa chamado Click and Scout foi criado, com as informações chegando a este tipo de equipamento de forma mais resumida. "As informações são mais restritas, não possuem planilhas completas, por exemplo. Mas, mesmo assim, o que se tem a disposição é satisfatório para se fazer uma análise rápida durante uma partida. Você não precisa digitar nada, a tela te mostra tudo. Basta clicar e direcionar para a opção de preferência", comenta Tiago Silva, estatístico do Sada Cruzeiro, o outro time que está na decisão da Superliga masculina, que irá acontecer no Mineirinho.

Um acordo de cavalheiros entre os clubes facilita a chegada de dados e vídeos a todos os participantes da Superliga, evitando custos de deslocamento e viagens. Membros da comissão técnica de equipes passam para os outros times do campeonato as informações obtidas nas partidas que realizaram. Desta forma, todos os times acabam tendo acesso aos vídeos e dados dos adversários, facilitando o estudo do próximo oponente.

"Comecei o trabalho de estatístico em 2002, na Ulbra. Naquela época, a filmagem era um VHS, uma realidade bem diferente de hoje. O assistente, por exemplo, ficava por conta da parte tática e o preparador da parte técnica de um jogo, analisando o próprio time, apenas. Hoje, o programa possibilita que vários aspectos sejam lidos e sobre os dois times", esclarece Matz

Silva também lembra de quando começou como estatístico, há um tempo não muito distante. Mesmo assim, o esforço era necessária para cumprir com as obrigações com os clubes. "Era preciso gravar os vídeos em Cd´s ou DVD´s e enviar por correio para 20 times diferentes. Hoje, a internet possibilidade que todos recebem tudo em tempo real. Facilitou demais a nossa vida", declara.

Além dos programas, outros instrumentos tecnológicos são usados com frequência. Bons exemplos são os canhões de bola, que fazem a função de um sacador de alto nível, poupando os braços e articulações de assistentes e jogadores, além do radar, que mede a velocidade dos serviços de cada jogador.

Mundial trouxe bons exemplos

Por mais que a tecnologia esteja presente, o futuro reserva ainda mais novidades para quem trabalha com o vôlei profissional. No Mundial de clubes do ano passado, os membros da comissão técnica do Sada Cruzeiro tiveram a oportunidade de ver, de perto, como trabalham os integrantes de times de outros lugares do mundo.

"Fizemos uma amizade bacana com o estatístico do Trentino e ele, além de desempenhar esta função, também é programador. Ele criou um programa que já o utilizamos e acaba de ser adquirido pelo UPCN-ARG, que também vai disputar o Mundial 2014, assim como nós. A ferramenta possibilidade que você faça um estudo mais detalhado de como o adversário joga e qual o aproveitamento que se tem com determinados jogadores na rede e no fundo de quadra. A montagem da equipe pode ficar mais fácil com estas informações", relata Silva.

Outro time que surpreendeu com os equipamentos que trouxeram ao Brasil foi o Panasonic Panthers-JAP. Por ser um time patrocinador por um fabricante de alto nível, a tecnologia utilizado pelo time era diferenciada. "A câmera do estatístico era uma das melhores do mundo, assim como o computador. O que a gente usa é muito bom, mas o dele era acima da média", comenta.

Para ele, é mais do que necessário que o Sada Cruzeiro continue, sempre, investindo, em tecnologia. "Quem quer se manter no topo, precisa fazer algo diferente. Não dá pra acomodar", sentencia.

A expectativa de ver algo de diferente em outros times de alto nível que participaram do último Mundial, no entanto, não se confirmaram. "Eu esperava ver novidade no estatístico do time russo. No entanto, não vi nada de muito novo no que ele faz", lamenta.

Novidades por vir

Por mais equipamentos que estejam sendo usados atualmente, todos sendo bem aproveitados, outros instrumentos podem aparecer em breve em clubes brasileiros.

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