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Garimpeiros, Pistoleiros e Empresários
Em 1963, um homem chamado Francisco de Brito, que trabalhava para a Arruda e Junqueira [empresa de produção de borracha], organizou um bando de garimpeiros e pistoleiros para expulsar os Cinta Larga de suas terras. De acordo com relatos desse incidente, que mais tarde ficou conhecido como o Massacre do Paralelo Onze, Brito alugou um avião para atacar as aldeias dos Cinta Larga. No momento do ataque, os Cinta Larga estavam em meio a um importante cerimonial. Parece que, ao meio-dia, o avião com Brito e seus capangas chegou à aldeia dos Cinta Larga e jogou pacotes de açúcar sobre os índios. Em seguida, o avião deu uma rasante e começou a dinamitar a aldeia. Ninguém sabe exatamente quantos índios foram mortos nesse ataque. Alguns, porém, escaparam, e outra expedição foi organizada para exterminar a tribo.
Conflito envolvendo questões de garimpagem voltou a ocorrer em 1968, quando: uma turma de sete homens, contratados pelo seringalista José Milton de Andrade Rios para a pesquisa mineral, foi cercada por dezenas de Cinta Larga nas imediações do rio Roosevelt. Os mineradores estavam fortemente armados e mataram dez índios.
A prática ilegal em território indígena mais conhecida é o garimpo que apesar de ser ilegal cresce com números alarmantes. Em 2004, a reserva Roosevelt, pertencente aos cintas-largas que se localiza entre Rondônia e Mato Grosso, foi invadida por garimpeiros quando estes descobriram que a região era a maior reserva de diamantes do mundo e que poderia fornecer um milhão de quilates por ano. Esta invasão resultou num conflito sangrento, pois 29 garimpeiros foram mortos pelos índios quando tentavam defender seu espaço.