Com base na nossa aula sobre Bullying ou ciberbullying, faça um relato de algum caso que você tenha vivenciado, ou presenciado, ou mesmo se ficou sabendo através de amigos, etc. Conte-nos. Acrescente uma sugestão que podemos fazer para ajudar alguém que tenha sido vítima desse tipo de situação. *
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Os colegas me xingavam, falavam que o meu cabelo era ruim, chamavam de macaca, diziam que eu não era inteligente e que eu cheirava mal. Eu ficava triste e me afastava da turma. Ficava meio no canto e me sentia só. A prática era tida como algo normal. Mesmo que doesse, a gente aceitava, era uma bagunça entre amigos", relata Thayane Maia. A universitária foi uma das inúmeras vítimas de bullying na escola.
"Onde eu estudava não havia projetos para combater essa violência. Fiz depois acompanhamento psicológico, mas ainda enfrento esse problema, escuto muitas coisas na rua, de pessoas adultas. Já me abalou muito. Atualmente, não abala mais", finaliza.
“Os dias de aula eram infernais. Cedo, recebi o apelido de ‘João’, pois meu cabelo era curtinho, por conta de umas complicações quando nasci e os médicos tiveram que raspá-lo. Na 1ª série, meu cabelo foi cortado pela colega que sentava atrás de mim. Recebi depois o apelido de espantalho, por ser ‘feia e esquisita’. Eu me sentia acuada, agredida e insuficiente. Na 7ª série, fui trancada na sala por dois garotos, pois eles disseram que queriam ir lanchar com ‘gente normal’. Procurei a coordenação da escola, mas nada fizeram. A psicopedagoga disse que não acreditava em mim. Tudo isso afetou meu desempenho”, conta a universitária Ana Letícia Silva, que, durante anos, sofreu com piadas relacionadas a sua aparência e agressões no colégio.
"Os alunos me ignoravam. A única época em que eu não era invisível era no dia do meu aniversário, até porque só podia fazer as festinhas nas dependências da escola se a turma toda fosse convidada. Somente quando mudei de escola e fui bem acolhida pelos novos profissionais, foi que comecei a reagir a essa agressão. Mas, ainda hoje, enfrento a autoestima baixa, o pavor à rejeição, sem falar na ansiedade e depressão. As sequelas que o bullying deixa, seja em mim ou em qualquer pessoa, são destrutivas”, completou Ana Letícia.
"Minha farda mal cabia em mim de tão magra que eu era. Por anos, fui chamada de magricela, Olívia Palito, garça e perna de maçarico. Eu vestia duas calças jeans, uma em cima da outra para ver se minha perna parecia mais grossa. Eu queria me enterrar. Qualquer coisa era melhor do que ver aqueles olhares e os risos debochados. Hoje, lamento o tempo que perdi me importando com essas bobagens. Sinto orgulho da pessoa que me tornei. Queria era voltar a ser magra (risos)", assim conta *Ângela Lima, professora e advogada.