Respostas
O riacho do Ipiranga, onde Dom Pedro I proclamou a Independência do Brasil, nasce sadio no Jardim Botânico, próximo ao Zoológico de São Paulo, e termina sujo, no Museu do Ipiranga, na Zona Sul da cidade, informou o Bom Dia São Paulo desta quarta-feira (5).
A grande piora da qualidade da água se deu em um percurso de 2,3 km, entre a nascente e a Avenida Abraão de Morais, e conforme o rio avança em direção ao Museu do Ipiranga, a qualidade fica ainda pior. Ao longo de seus 11 km de extensão, o riacho do Ipiranga recebe lixo e esgoto.
No projeto "Rios de São Paulo", a reportagem percorre os rios da região metropolitana com técnicos da Cetesb e da SOS Mata Atlântica.
O coordenador do projeto “Observando os Rios”, da SOS Mata Atlântica, Gustavo Veronesi, explica que 16 parâmetros indicam a qualidade da água dos rios: “A avaliação passa pela percepção, cheiro, turbidez, se tem peixe, se tem lixo. Tem os parâmetros físico-químicos também, como coliformes fecais, a quantidade de nitrato e fosfato, o pH e a temperatura”.
Na manhã desta quarta-feira (5), Veronesi coletou uma amostra da água de uma das nascentes do riacho que aparece no quadro “Independência ou Morte”, do artista Pedro Américo, e no hino nacional. Para o teste no rio Ipiranga, o especialista avaliou a quantidade de oxigênio da água, um dos parâmetros mais importantes, pois indica se um rio tem peixes e outras vidas aquáticas, o nível de fosfato, que indica se há sabão (esgoto) na água, e a turbidez, já que quanto mais transparente, melhor a água.