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Resposta:A estudante de design e ilustradora Isadora Zeferino fala sobre isso em sua coluna para o InspirArte!
É muito comum que para nomear as gravuras que compõem as páginas de um livro utilizemos as palavras “desenho” e “ilustração” como sinônimos, não é mesmo? Mas, para quem trabalha dentro dessa área, parece existir uma distinção importante que vale a pena conhecermos!
Segundo Isadora Zeferino, estudante de design e ilustradora, a ilustração não é só um nome bonito que damos para o desenho. Embora eles andem quase sempre de mãos dadas, o desenho é algo mais espontâneo e que “pode ser feito só para aquecer a mão, se divertir, experimentar ou treinar…”. A ideia da ilustração já vem carregada de sentido, de luz, como o próprio nome sugere, tendo o compromisso de transmitir uma informação a outras pessoas.
Em sua coluna ela também conta o seguinte: “Nós, ilustradores, temos a tarefa de ler um texto, ouvir uma música, ver um filme e pensar como podemos colocar no papel as coisas que sentimos e pensamos. Com armas como traços, cores, formas e os símbolos que derivam deles, precisamos achar dentro de nós mesmos uma sinestesia que seja capaz de ecoar no coletivo”. Talvez possamos dizer, então, que a ilustração seja um desenho que tem o poder de conectar os sentimentos do artista aos do leitor, construindo uma ponte entre seus universos imaginativos.
A partir de experiências muito singulares em relação ao crescimento, à solidão, à morte, à sensação de apaixonamento, ao medo, à liberdade, dentre outras infinitas possibilidades humanas de se relacionar com o mundo ao seu redor, o(a) ilustrador(a) nos empresta um pouquinho do seu olhar para que também possamos criar as nossas próprias imagens a respeito daquilo que ele diz sem usar as palavras. Talvez essa seja uma das funções, se assim podemos dizer, mais potentes e bonitas da arte, que é nos envolver com aquilo que vemos, fazer um passeio para dentro de nós mesmos e devolver como interpretação algo que se construiu nesse breve momento em que estivemos junto à obra…
Que tal, então, conferir com as crianças a arte dos ilustradores e chamar atenção para a presença dela nos livros que lemos, tomando este aspecto também como um critério para a seleção de obras literárias? Além disso, vale instigar os pequenos a desenhar, brincando com a imaginação e a criatividade.
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