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A cultura de massa não é produzida, mas sim reproduzida. A cultura de massa apresenta-se como o modelo de reprodução cultural que deixa de lado o que o filósofo e crítico literário alemão Walter Benjamin chamou de aura da obra de arte, para dar lugar à produção de fácil acesso, de fácil «digestão», de baixa qualidade e de baixo nível intelectual e técnico. A cultura de massa trata as pessoas não como indivíduos, mas como uma massa que busca sempre as mesmas coisas. Há uma grande pesquisa da área da comunicação que envolve a sociologia, a psicologia e a administração para descobrir o que é capaz de agradar o grande público, que consiste no espectador médio da cultura de massa.
Seguindo essa linha, as produtoras criam conteúdo de fácil acesso para prender a atenção dessas pessoas e dominá-las. Um carro que aparece no comercial, ou mesmo em um filme ou novela, torna-se um objeto de desejo das pessoas por ter sido utilizado pelo ator/atriz ou personagem. Enquanto os iluministas pensavam que o avanço científico e intelectual aliado à ampliação do acesso a esse conhecimento levaria, diretamente, ao avanço moral e social, o século XX vivenciou a barbárie do holocausto judeu e o avanço do capitalismo a ponto de chegar-se a uma sociedade extremamente desigual. A indústria cultural é aquela que produz a cultura de massa, incorporando todas as formas de fazer artístico.
Um forte aliado do capitalismo e do totalitarismo em seus projetos particulares de dominação foi a cultura de massa, pois ela é um eficiente meio de manipulação das massas. Adorno e Horkheimer perceberam que há uma fórmula descoberta pela indústria cultural para produzir sua arte massificada. Essa fórmula consistiria em mesclar elementos da cultura popular com a cultura erudita em uma linguagem simplista, com técnicas rudimentares, e utilizar-se dos meios de reprodutibilidade técnica para disseminar o conteúdo gerado.