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A capital ainda seria no Rio de Janeiro?
Provavelmente, não. O plano de mudar a capital do Brasil para uma região próxima ao Planalto Central é muito antigo e bem anterior ao governo de Juscelino Kubitscheck, o criador de Brasília. Esse projeto já era discutido no governo do Marquês de Pombal, em meados do Século 18, quando o Brasil ainda era colônia de Portugal. Também foi defendido por José Bonifácio de Andrada e Silva, o “Patriarca da Independência”. Bonifácio achava que a nova capital deveria se localizar na região do Triângulo Mineiro, onde hoje estão as cidades de Uberaba e Uberlândia. Segundo ele, mudar a capital seria uma forma de estimular a integração e a comunicação entre as diversas regiões brasileiras, até então isoladas e até rivais entre si. O palácio do imperador provavelmente seria em um prédio desenhado por Oscar Niemeyer em meio ao cerrado do Planalto Central.
O Brasil teria a mesma configuração territorial? Teria participado de mais guerras?
O Império foi responsável direto pela manutenção da integridade territorial brasileira. Ao contrário das vizinhas colônias espanholas, o Brasil não se dividiu em três ou quatro países autônomos, como se temia na época da Independência. O motivo foi a vinda da corte de D. João para o Rio de Janeiro, que passou a funcionar como um foco de integração da elite regional, até então dispersa pelo território e rival entre si, e também como um elemento de força que impôs a integridade territorial toda vez que ela foi ameaçada por rebeliões separatistas regionais, caso da Confederação do Equador de 1824 e da Revolução Farroupilha de 1835. Um Brasil monárquico provavelmente seria fiel a essa tradição que, por sinal, a república manteve muito bem.
A dinastia no poder seria a dos Bragança ou poderia ocorrer alguma reviravolta?
Difícil dizer uma vez que a família imperial brasileira sempre foi marcada por divergências e rivalidades internas. Até hoje são bem conhecidos por desentendimentos entre os chamados ramos de Vassouras e de Petrópolis, cada qual reivindicando para si o suposto direito de sucessão ao trono. Tem de tudo nessa família: de príncipe conservador ligado à TFP (Tradição, Família e Propriedade) a príncipe ecologista e fotografo. Na falta de uma dinastia concorrente, no entanto, é bem possível que os Bragança conseguissem superar suas dificuldades e se manter no trono, hipótese por sinal tão improvável quanto a perpetuação da monarquia no Brasil.
A que países o Brasil teria se aliado ao longo do processo histórico?
Acredito que um Brasil monárquico teria mais afinidades com outras monarquias, caso da Inglaterra e da Espanha. Ainda assim, seria inevitável uma aproximação cada vez maior com os Estados Unidos que, embora sejam uma república, tem um poder geopolítico enorme na América e não poderia ser ignorado pelo império brasileiro. A diferença de regimes, no entanto, poderia funcionar com um elemento a mais de divergências com as repúblicas vizinhas da América do Sul, o que, aliás, ocorreu com muito frequência durante o Século 19. É possível que nós tivéssemos que brigar mais com os argentinos, uruguaios e paraguaios, para citar apenas os mais próximos.
Qual seria o tamanho da influência do Brasil na América do Sul e no mundo?
Talvez fosse maior do que foi até agora com a república. O império tinha uma visão estratégica bastante ambiciosa a respeito da posição do Brasil no mundo. Até as vésperas da Proclamação da República, a Marinha brasileira era uma das mais bem equipadas, treinadas e respeitadas do hemisfério ocidental. Infelizmente, parte dessa visão se perdeu ao longo da história republicana. O Brasil se resignou a um papel menor no mundo
Teríamos uma monarquia absolutista ou seria constitucional?
Seguramente, uma monarquia constitucional. D. João VI foi o último monarca absoluto de Brasil e Portugal. O absolutismo já estava no mais completo declínio no começo do Século 19 e já não tinha adeptos nem mesmo dentro da real família de Bragança.
O imperador seria alvo de muitos protestos populares?
Sem dúvida alguma seria alvo de grandes protestos e piadas. Já no final do Século 19 o imperador Pedro II era alvo de críticas e sátiras grotescas nos jornais e revistas que, entre outros apelidos, o chamavam de “Pedro Banana”. Imagine hoje o que fariam com ele os humoristas do Porta dos Fundos, do Pânico e do CQC. Dá pena só de imaginar!