• Matéria: Português
  • Autor: nathanael778
  • Perguntado 6 anos atrás



. O Poeta da Roça

Sou fio das mata, cantô da mão grosaTrabaio na roça, de inverno e de estioA minha chupana é tapada de barroSó fumo cigarro de paia de mioSou poeta das brenha, não faço o papéDe argum menestrê, ou errante cantôQue veve vagando, com sua violaCantando, pachola, à percura de amôNão tenho sabença, pois nunca estudeiApenas eu seio o meu nome assináMeu pai, coitadinho! vivia sem cobreE o fio do pobre não pode estudáMeu verso rastero, singelo e sem graçaNão entra na praça, no rico salãoMeu verso só entra no campo da roça e dos eitoE às vezes, recordando feliz mocidadeCanto uma sodade que mora em meu peito
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. Atividade

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Respostas

respondido por: branca5299
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Sou filho das matas, canto da mão grossa,

Trabalho na roça, de inverno e de estiagem.

A minha choupana é tapada de barro,

Só fumo cigarro de palha de milho.

Sou poeta das brenhas, não faço o papel

De algum menestrel, ou errante cantor

Que vive vagando, com sua viola,

Cantando, pachola, à procura de amor.

Não tenho sabedoria, pois nunca estudei,

Apenas eu sei o meu nome assinar.

Meu pai, coitadinho!

Vivia sem cobre,

E o filho do pobre não pode estudar.

Meu verso rasteiro, singelo e sem graça,

Não entra na praça, no rico salão,

Meu verso só entra no campo e na roça

Nas pobres palhoças, da serra ao sertão.

E às vezes, recordando feliz mocidade

Canto como um soudado que mora em meu peito

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