Naquela manhã, ao passar o rastelo, sentiu alguma coisa prendendo os dentes da ferramenta. Forçou, era resistente. Abaixou-se e notou fios prateados que saíram da terra. Era arame, novo. Quando tinha revirado a terra para adubar, tinha cavado fundo sem encontrar nada. Além disso, arame velho estaria enferrujado. Tentou puxar o fio, estava bem preso. Buscou um alicate, conseguiu pouca coisa. Cavou. O arame penetrava na terra alguns metros. Cavou mais. Como é que tinham feito uma coisa dessas, da noite para o dia? Preocupado com a horta, parou a pesquisa. Regou um pouco as sementes, pensando se o arame não ia prejudicar a germinação. No dia seguinte, levantou-se bem cedo para observar. O arame tinha crescido. Nos três canteiros, havia brotos de dez centímetros de altura. Um araminho espigado, vivo, forte. Teria sido um pacote errado de sementes? Não, era loucura. Semente de arame? BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Dentes ao Sol. Rio de Janeiro: Brasília/Rio, 1976. Retire do texto dois trechos em que se evidencia o discurso indireto livre.
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Resposta:
- "Como é que tinham feito uma coisa dessas, da noite para o dia?"
- "Teria sido um pacote errado de sementes? Não, era loucura. Semente de arame?"
Explicação:
São os dois pontos em que o autor faz o uso de diálogo indireto, intervenções, sem o uso de travessões ou qualquer elemento de um discurso direto.
- Espero ter ajudado!
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1
só estou respondendo pra fazer o cadastro do brl
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