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Resposta:Nos últimos anos, as organizações da sociedade civil que lutam pelos direitos de grupos minoritários têm obtido diversos avanços no que diz respeito a mudanças na legislação que coíbe manifestações de comportamentos e atitudes discriminatórios. Exemplo disso é o debate recente sobre a possibilidade de quotas nas universidades públicas para negros, para estudantes oriundos de escolas públicas, etc. No entanto, a questão que interessa às ciências sociais como um todo e a psicologia social em particular responder refere-se à possibilidade de que essas ações não estejam, de fato, contribuindo para a diminuição do preconceito social. Talvez, o que esteja acontecendo seja que, frente a um conjunto de leis que proíbem a discriminação, os grupos majoritários começam a desenvolver estratégias ideológicas que perpetuam as práticas discriminatórias não mais de forma aberta, mas de uma forma bem mais encoberta. De fato, estudos recentes têm mostrado que a expressão de formas clássicas de discriminação racial tem diminuído em várias partes do mundo (Phillips & Ziller, 1997; Schuman, Steeh, Bobo & Krysan, 1998). Ao mesmo tempo, vários estudos também têm verificado a existência de dois tipos de preconceito: o clássico, caracterizado pela expressão de atitudes e comportamentos hostis em relação a um grupo alvo e o novo, em que sua expressão apresenta-se de forma menos aberta e mais encoberta (Browser,1995; Kinder & Sears, 1981; Mummendey & Wenzel, 1999). A expressão encoberta do preconceito explicaria a diminuição de manifestações clássicas de discriminação (Vala, Brito & Lopes, 1998, 1999). Essas formas de expressão do preconceito surgiram após a institucionalização das normas que proíbem a discriminação contra grupos minoritários (McConahay, Hardee & Batts, 1981; Santos, 1999) criando mecanismos de expressão que não ferem abertamente essas normas (Gaertner & Dovidio, 1986; Katz & Hass, 1988; McConahay, 1983; Pettigrew & Meertens, 1995).
acho q é isso
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