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O Império Bizantino deixou um grande número de obras culturais como patrimônio cultural, principalmente mosaicos e estruturas arquitetônicas. Dado que o Império Bizantino era considerado o Império Romano do Oriente, essas obras foram a principal fonte além da cultura romana, bem como de culturas orientais apropriadas, como a região da Anatólia (a cultura grega lá hoje), o cristianismo primitivo.
No contexto da cultura bizantina, a pintura e a escultura tiveram um desenvolvimento importante, mas limitado. Isso ocorre devido à destruição do ícone ou movimento de destruição do ícone. Durante o reinado de Leão III, no século VIII, o culto aos santos representados por pinturas e ícones escultóricos foi oficialmente condenado. Isso desencadeou uma grande rebelião e lançou uma guerra civil na capital imperial Constantinopla. A seguir, podemos ler a descrição do procedimento desencadeado pelo decreto antitradicional de Leão III:
“[…] o imperador compeliu todos os habitantes de Constantinopla, pela força, e pela persuasão, a deslocar as imagens do Salvador, assim como as da sua sagrada mãe e de todos os santos, de onde quer que estivessem, e, o que é horrível de contar, e queimá-las pelo fogo no meio da cidade, assim como a caiar (preencher com cal) todas as igrejas pintadas. Porque muitos de entre o povo da cidade recusaram o encargo de tal enormidade, foram submetidos a castigos; alguns foram degolados, outros mutilados.” (Anastasii Bibliothecarii. Historia de Vitis Romanorum Pontificum – S. Gregorius II. In: ESPINOSA, Fernanda (org.). Antologia de textos históricos e medievais. Lisboa: Sá da Costa, 1981. p. 60-61.)