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No início do século XX - um século após a proclamação da independência - a vanguarda artística brasileira realizou a Semana da Arte Moderna e com uma arte transgressiva, rompeu com os padrões tradicionais. Na contemporaneidade, o Funk se impõe como expressão cultural de resistência a uma sociedade díspare, na qual, desde a sua constituição, o deficitário modelo educacional não consegue reverter os seus preconceitos arraigados.
Consoante ao pensamento de Dukheim, o fato social é a maneira coletiva de agir e de pensar. Nessa perspectiva, essa arte, quando aborda a crítica social e a realidade das comunidades mais pobres, não obstante sofra forte repreensão ao contrariar os interesses da ordem vigente, é elemento de conscientização coletiva e de luta pela resolução dos problemas que a desigualdade econômica produz. Nesse contexto, a professora de criminologia da UERJ, Vera Malaguti Batista, diz, "as manifestações culturais afrobrasileiras na nossa história sempre receberam um olhar criminalizante'.Portanto, a fim de conciliar os interesses dos admiradores do Funk e das pessoas contrárias a essa manifestação cultural, é necessário que, as associações comerciais, industriais, sindicatos, ONGs e escolas, junto às comunidades, promovam projetos e conferências que ensejem essa temática. Tais ações objetivam formar um cidadão com pleno desenvolvimento cognitivo, biopsicossocial, consciente, crítico e atuante no meio em que está inserido, capaz de propor as transformações que desencadeiem um processo educativo universal e de qualidade, consequentemente, uma sociedade mais justa, harmoniosa, equânime e que respeite a individualidade e liberdade de expressão.
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