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Essa postura dos seguidores de Calvino alterava profundamente a visão a respeito do trabalho, até então desvalorizado e entendido como castigo de Deus. Não apenas o trabalho foi valorizado, mas a postura econômica, com vistas ao desenvolvimento das atividades terrenas, foi impulsionada e promoveu verdadeira revolução comportamental.
O ganho já não era visto como pecado, mas sim como sinal da salvação, como bênção de Deus, por isso deveria ser buscado.
O estudioso alemão Max Weber, na obra A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, mostrou a relação existente entre o calvinismo e o desenvolvimento do capitalismo. Segundo esse autor, o calvinismo favorece a acumulação capitalista, prescrevendo uma vida dedicada ao trabalho e à poupança.
Coincidência ou não, os países do norte da Europa, onde o capitalismo mais se desenvolveu, localizam-se exatamente nas áreas onde a reforma calvinista mais se implantou.
A burguesia encontrou no calvinismo a doutrina adequada à seus interesses e ao seu modo de vida. Incompatibilizada com o princípio católico do justo preço e da proibição da usura, a burguesia abraçou a nova doutrina.
A partir da Suíça, os pregadores calvinistas conseguiram difundir sua doutrina em várias partes da Europa. Na Inglaterra os calvinistas ficaram conhecidos como puritanos. Foram perseguidos e imigraram em grande número para a América. Na Escócia, ficaram conhecidos como presbiterianos, e na França como huguenotes.
Espero ter ajudado ^w^