• Matéria: História
  • Autor: sandraregina28022007
  • Perguntado 6 anos atrás

o que foi a revolta dos malês, a cabanagem, e a balaiada ??​

Respostas

respondido por: isahellensccp
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Revolta dos Malês (1835)

Em Salvador, nas primeiras décadas do século XIX, os negros escravos ou libertos correspondiam a cerca de metade da população. Pertenciam a vários grupos étnicos, culturais e religiosos, entre os quais os muçulmanos – genericamente denominados malês -, que protagonizaram a Revolta dos Malês, em 1835.

O exército rebelde era formado, em sua maioria, por “negros de ganho”, escravos que vendiam produtos de porta em porta e, ao fim do dia, dividiam os lucros com os senhores. Podiam circular mais livremente pela cidade que os escravos das fazendas, o que facilitava a organização do movimento. Além disso, alguns conseguiam economizar e comprar a liberdade. Os revoltosos lutavam contra a escravidão e a imposição da religião católica, em detrimento da religião muçulmana.

Balaiada (1838-1841)

A Balaiada, movimento que envolveu o Maranhão de 1838 a 1841, foi uma das principais rebeliões do período regencial. Nasceu das disputas políticas entre grupos rivais e das dificuldades econômicas da província, mas a disputa entre as elites locais desembocou numa revolta popular. Não havia homogeneidade entre os revoltosos, mas alguns queriam dom Pedro II no poder. Os temas econômicos e sociais não eram mencionados na revolta, mas sim a “liberdade”. A revolta contou com grande participação dos escravos fugitivos e um dos líderes do movimento foi Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, apelidado de Balaio.

No âmbito das elites, havia conflitos entre os fazendeiros de gado liberais, denominados bem-te-vis, e os conservadores da região. As rivalidades se ampliaram, atingindo também as camadas populares. A revolta foi dominada em 1841 pelas tropas do coronel Luís Alves de Lima e Silva, futuro duque de Caxias, a mando do governo regencial.

Cabanagem (1835-1840)

A tendência autonomista do Pará remonta ao período colonial, quando o Grão-Pará estava mais ligado à metrópole do que ao restante da colônia. Com o movimento pela Independência do Brasil, acirrou-se na província o caráter republicano, especialmente entre os mais pobres: os moradores de regiões ribeirinhas – denominados cabanos, pois moravam em cabanas -, indígenas, negros e mestiços. Reivindicando terras e melhores condições de vida, os revoltosos enfrentaram as forças militares do governo em 1835. Derrotados na capital, os cabanos prosseguiram lutando no interior até 1840, quando a sangrenta repressão do governo pôs fim ao conflito da Cabanagem, com um saldo de aproximadamente 30 mil mortos, cerca de 20% da população estimada na província do Pará. (Veja mais em A Cabanagem).


sandraregina28022007: obrigado
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