Respostas
Resposta:
RESUMO: Desenvolveremos aqui, inicialmente,
uma breve consideração sobre a dinâmica
industrial paulista desde as origens das
indústrias até o processo desconcentração
industrial. Posteriormente, o, verificaremos,
também, o desenrolar desse processo de
industrialização no Oeste Paulista. Nesse
sentido, as indústrias do Oeste Paulista, de
certo modo, foram fomentadas pelas iniciativas
de imigrantes japoneses e italianos, estes
começaram com as suas pequenas atividades
artesanais na década de 1940, ligadas ao ramo
da alimentação e bebidas, atendendo ao
mercado local/regional. Atualmente, o setor
industrial regional, particularmente nas cidades
de Presidente Prudente e Marília, de modo
geral, não são formado de grandes grupos
industriais. Por fim, as indústrias do Oeste
Paulista são constituídas de pequenas e médias
empresas de origem local e muitas vezes
familiar, principalmente de consumo não-
duráveis.
Explicação:
O processo de industrialização em São Paulo sempre foi dinâmico e
complexo, este ganhou corpo a partir de 1950 quando o processo de substituição de
importações foi concretizado. Atualmente, o referido Estado contempla grandes
grupos industriais nacionais e internacionais, tais grupos são detentores de um
grande volume de capital e de novas tecnologias. Além disso, há uma gama de indústrias de pequeno e médio porte de caráter familiar espacializada no território
paulista.
Para um melhor entendimento deste trabalho o artigo foi divido em
duas partes. Na primeira, verifica-se o processo de industrialização em São Paulo
desde as origens até o processo de desconcentração industrial. Por outro lado, na
segunda parte, apresenta-se o desenrolar da industrialização no Oeste Paulista
enfocando os municípios de Marília/SP e Presidente Prudente.
A gênese do desenvolvimento industrial no Estado de São Paulo
iniciou-se em meados das décadas de 1880-1890, por meio dos capitais advindos
da superprodução produção cafeeira e das iniciativas dos imigrantes europeus, que
impulsionaram aqui o processo de industrialização (MAMIGONIAN, 1976).
Porém, um pouco antes desse período, os empresários-fazendeiros
haviam tentado se tornar industrial, mas, não foram bem sucedidos e perderam as
suas unidades fabris. No entanto, sua capacidade empresarial foi muito relevante,
pois eles promoveram a expansão das estradas de ferro, a introdução da imigração
européia para as fazendas e a implantação da rede bancária. Mas, as crises nos
preços do café antes da I Guerra Mundial acabaram levando à bancarrota as
indústrias dos plantadores de café.
Os imigrantes inseriram-se na economia cafeeira paulista no final do
século XIX, como: 1) colonos, com capacidade produtiva e de consumo superior aos
escravos; 2) pequenos negociantes artesanais e comerciais; 3) grandes
comerciantes, exportadores de café ou importadores. Esses imigrantes com capitais
modestos levantaram grandes impérios industriais. Em de 1935, eles detinham a
maioria das indústrias paulistas. (MAMIGONIAN, 1976).