• Matéria: História
  • Autor: macedofranciane
  • Perguntado 5 anos atrás

O Pau-Brasil não tem esse nome à toa. Por volta de 1515, quando os primeiros colonizadores portugueses já haviam explorado bastante as terras brasileiras, o pau-brasil se mostrava como o tipo de árvore mais abundante do país. Na época não havia a conscientização de que era necessário preservar o meio ambiente para evitar impactos negativos no futuro, então os portugueses que estavam no Brasil pensaram apenas nos recursos financeiros que seriam obtidos com a exploração da árvore, e começaram o desmatamento de várias áreas.” Acerca da exploração do pau-brasil, infere-se que esta era uma atividade ?

Respostas

respondido por: VitoriaCCunha
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Resposta:

O vegetal conhecido como pau-brasil também já recebeu o nome de pau-de-Pernambuco, porém, seu nome científico é Caesalpinia echinata. Ele era frequentemente encontrado na região da Mata Atlântica brasileira, que se estendia por faixas de terra que iam de estados como o Rio Grande do Norte ao Rio de Janeiro. Essa árvore possui propriedades que fizeram dela o primeiro produto realmente valioso no período da montagem do sistema colonial português.

Como apontam os pesquisadores Francismar Aguiar e Reinaldo Pinho, na “ocasião do descobrimento, chamou a atenção dos navegantes portugueses uma árvore de cujo lenho era preparada uma tinta de cor vermelha empregada no tingimento de penas. “Ibirapitanga” era o nome usado pelos nativos, que significa, em tupi, madeira vermelha. Este corante de imediato passou a ser utilizado pelos europeus, em substituição a um outro similar produzido com o “sappan” para tingir tecidos.” (Aguiar, Fracismar F.; Pinho, Reinaldo. Pau-brasil. Caesalpinia echinata. Árvore nacional. São Paulo, 2007. p. 16).

Tal propriedade de tingimento avermelhado, associada à utilidade que a madeira do pau-brasil oferecia na confecção de instrumentos musicais, móveis e outros utensílios domésticos feitos de madeira, resultou na exploração de tal matéria-prima logo nos anos iniciais da colonização. Por volta de 1503 já havia um sistema complexo montado em torno da extração de pau-brasil. A metrópole portuguesa concedia o monopólio da extração da madeira a empreendedores particulares, que se encarregavam de organizar-se em sistemas de feitorias, isto é, espécies de armazéns fortificados onde era estocado o produto e de onde partia para abastecer os navios que tinham por destino a coroa portuguesa.

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