Os artistas cariocas, a partir de 1959, discordaram da postura radical dos paulistas e optaram por fazer trabalhos mais experimentais. Acabaram abandonando a abstração geométrica e voltaram-se para a confecção de obras em diferentes linhas de pesquisa, formando qual grupo?
Respostas
Resposta:
Abstracionismo é uma representação não tendo nenhuma referência a objetos concretos ou exemplos específicos .
Abstracionismo – História
Diferentemente da história da abstração geométrica, a da abstração informal ou lírica no Brasil é bem mais simples e não se fundou em grupos organizados nem em embates teóricos.
A grande influência sobre seu desenvolvimento foi mesmo a Bienal de São Paulo que, desde sua criação, em 1951, e em especial ao longo da década de 60, mostrou as obras dos pintores tachistas, informalistas e gestuais cujas carreiras iam chegando internacionalmente ao apogeu. Mas mesmo antes da Bienal houve, a rigor, dois pioneiros, Cícero Dias e Antônio Bandeira, que no final da década de 40 viviam na Europa e vinham ao Brasil.
Dentro do rótulo abstração informal entra também o expressionismo abstrato, que designa uma arte mais vigorosa, gestual e dramática, cujo ponto máximo é a action painting do norte-americano Jackson Pollock (1912-1956).
No Brasil, nunca se chegou a tal extremo. O mais gestual e dramático de nossos abstracionistas foi o pintor Iberê Camargo. De resto, o gesto – em especial um gesto elegante, com nítido caráter caligráfico – aparece na pintura dos artistas chamados nipo-brasileiros, porque nasceram no Japão, emigraram para o Brasil, mas trouxeram da terra natal uma tradição de arte abstrata, que aqui desenvolveram.
O primeiro dos nipo-brasileiros a se impor, no final da década de 50, foi Manabu Mabe (1924-1997), um ex-lavrador que emigrara aos dez anos.
A pintura de Mabe é grandiloqüente e ornamental, e ele é o mais conhecido dos nipo-brasileiros no exterior. Além de Mabe, se destacaram Tikashi Fukushima (1920), Kazuo Wakabaiashy (1931), Tomie Ohtake (1913) e Flávio Shiró (1928).
Os dois últimos são casos especiais. Tomie nunca chegou a ser exatamente uma pintora informal, embora não usasse, no início, formas geométricas; adotou-as, entretanto, dos anos 70 em diante. Já Flávio Shiró fez uma síntese muito original e altamente dramática entre abstração gestual e figuração, e há fases em que uma ou outra predominam.
Explicação:
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