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Explicação:
A metrópole portuguesa proibia o desenvolvimento da manufatura e da indústria porque os produtos iriam concorrer com o comércio do reino, e também por medo da colônia se tornar independente.
Com a vinda da família real para o Brasil, em 1808, o regente D. João tomou algumas medidas que favoreceram o desenvolvimento industrial, entre elas:
A extinção da lei que proibia a instalação de indústrias de tecidos na colônia; e
A liberação da importação de matéria prima para abastecer as fábricas sem cobrança da taxa de importação.
No entanto, como o mercado interno era pequeno, essas medidas não surtiram efeito.
O Brasil demorou a ter um desenvolvimento industrial porque os governos estavam relacionados a pessoas que desenvolviam atividades agropecuárias exportadoras, sendo a preocupação dessa parcela da população, a de expandir a produção de café, de onde provinha a riqueza e o poder.
A industrialização só ocorreu no Brasil no início de 1930, cem anos depois da Revolução Industrial que aconteceu na Inglaterra.
Fatores importantes da Industrialização no Brasil
A industrialização no Brasil, por sua vez, estava vinculada à produção cafeeira e seus derivados. Sendo assim, ela aconteceu primeiro na Região Sudeste, uma vez que essa região era principal responsável pelo cultivo do café, em especial os estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, e algumas áreas de Minas Gerais.
Entre o final do século XIX e o início do século XX, o café exerceu uma grande importância para a economia do país, porque ele era praticamente o único produto brasileiro de exportação.
Após a crise de 1929, que atingiu diretamente os cafeicultores, estes buscaram novas alternativas produtivas. Desse modo, muitas infraestruturas usadas na produção de transporte do café, passaram a ser utilizadas para a produção industrial.
Existem outros vários fatores que influenciaram para a intensificação da indústria brasileira, como: crescimento acelerado dos grandes centros urbanos, uma consequência do êxodo rual promovido pela queda do café.
Com o crescimento urbano, houve um aumento de consumidores, gerando necessidade de produzir bens de consumo para a população.
Além disso, outro fator importante foi a utilização das ferrovias e dos portos utilizados anteriormente para o transporte do café, e passaram a fazer parte do setor industrial. Outro motivo, foi a enorme quantidade de mão de obra estrangeira, principalmente de italianos, que antes trabalhavam na produção de café.
A indústria brasileira, começou então, a diversificar, mas limitava-se somente à produção de produtos que empregavam pouca tecnologia, como setor têxtil, alimentício, fábrica de sabão e velas.
Um dos principais elementos para a industrialização foi a aplicação de capitais gerados na produção de café para a indústria, a contribuição dos estrangeiros (alemães, italianos e espanhóis) nas fábricas.
Além disso, o Estado também exerceu grande relevância nesse sentido, pois realizou elevados investimentos nas indústrias de base e infraestrutura, como ferrovias, rodovias, portos, energia elétrica, entre outros investimentos.
Após a Segunda Guerra, a Europa não tinha condições de exportar produtos industrializados, pois todo o continente se encontrava totalmente devastado pelo confronto armado. Dessa maneira, o Brasil teve que incrementar o seu parque industrial e realizar a conhecida industrialização por substituição de exportação.
Foi nessa mesma época, durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1960) que o desenvolvimento industrial ganhou novos rumos. JK abriu a economia para o capital internacional, atraindo indústrias multinacionais.
Foi nessa época que ocorreu a instalação de montadoras de veículos internacionais, e indústrias do segmento da química, farmacêutica e eletroeletrônica.
Industrialização nas últimas décadas do século XX e nos dias atuais
Apesar de em alguns momentos de crise econômica o desenvolvimento industrial ter estagnado, nas décadas de 70, 80 e 90 a industrialização no Brasil continuou a crescer.
Nos dias de hoje, o Brasil possui uma boa base industrial, produzindo produtos de diversos segmentos como: automóveis, máquinas, roupas, aviões, equipamentos, alimentos industrializados, eletrodomésticos, entre outros.
No entanto, apesar de produzir diversos produtos, a indústria nacional ainda é dependente, em alguns setores de tecnologia extrema, como a informática.
Atualmente, o Brasil está apresentando, mesmo que pequena, recuperação na produção industrial. De acordo, com dados do IBGE, divulgados em fevereiro de 2019, a indústria brasileira apresentou crescimento de 1,1% em 2018.