• Matéria: Português
  • Autor: OTAKU234
  • Perguntado 5 anos atrás

Leia o texto a seguir de Marina Colasanti. Um texto a cavalo Crônica, vamos dizer assim, é um texto a cavalo. Mantém um pé no estribo da literatura. E outro no do jornalismo. Bem estribada desse jeito, tem conseguido vencer belas provas mesmo correndo em pista pesada. Você sabe o que é pista pesada? É quando a pista de areia – ou seria saibro? – está molhada, tornando mais difícil e cansativa a corrida. Pois bem, a crônica corre em pista pesada porque lida ao mesmo tempo com as coisas mais ásperas, como economia e política, as mais dramáticas, como guerras, violência e tragédia, e as mais poéticas, como um momento de beleza ou uma reflexão sobre a vida. E o bom cronista é aquele que consegue o melhor equilíbrio entre esses elementos tão diferentes, entrelaçando-os e alternando-os com harmonia. Pode parecer que o cronista faz biscoitos, ou seja, coisinhas pequenas com algum açúcar por cima. Mas, na verdade, a crônica é uma tessitura complexa. Pois o cronista sabe que não está escrevendo só naquele momento, naquele dia, para aquela rápida publicação no jornal ou revista, mas está falando para um leitor que, na maioria das vezes, voltará a ele, que o acompanhará, somando dentro de si as crônicas lidas e vivendo-as, no seu todo, como uma obra maior. O leitor tem expectativas em relação ao “seu” cronista. Espera que diga aquilo que ele quer ouvir, e que, ao mesmo tempo, o surpreenda. Mas o cronista desconhece essas expectativas e, ao contrário do publicitário que trabalha voltado para o perfil do cliente potencial, trabalha às cegas. Às cegas em relação ao leitor, bem entendido. Como preencher então as expectativas? Eu, pessoalmente, acho que a melhor maneira é não pensando nelas. O leitor escolhe o cronista porque gosta do seu jeito de pensar e de escrever, e o cronista justifica mais plenamente essa escolha continuando a ser quem ele é. Eu comecei a fazer crônicas quando muito jovem, logo no início da minha carreira de jornalista. Mudei bastante ao longo do percurso. Antes era movida à emoção, escrevia de um jato, qualquer assunto me servia. Hoje sou mais reflexiva, afinei o olhar, preocupo-me muito com a qualidade das ideias. Mas aquela paixão que eu tinha no princípio continua igual. Hoje como ontem, toda vez que me sento para escrever uma crônica é com alegria. Glossário Estribada: apoiada. Saibro: Mistura de argila, areia e pedregulhos. Tessitura: Organização. De um jato: de uma só vez. ► O que a cronista considera coisas ásperas e coisas poéticas? Por favor preciso da resposta!

Respostas

respondido por: orsoluiza
4

OLÁ!!

TUDO BEM...

VAMOS AS RESPOSTAS...

BOM NO TEXTO A AUTORA SE REFERIU EM COISAS ÁSPERAS E COISAS MAIS POÉTICAS! DA DE SER ENTENDER QUE ISSO SE REFERESE A CRÔNICA.

ENTÃO RESPOSTA MAIS DIRETA E COMPLEXA:

Que as coisas ásperas representa as coisas difícil de se fazer uma crônica e as poéticas são as fáceis de se fazer.

ESPERO TERAJUDADO!!!

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