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Explicação:
A importância da Estrada de Ferro para Boituva
Boituva teve origem na propriedade de João Rodrigues Leite, que foi doador do terreno em que a Estrada de Ferro Sorocabana construiu, em 1883, a estação ferroviária e suas dependências. Foram seus primeiros povoadores: Eugênio Corte Real, Nicolau Vercelino, Coronel José de Campos Arruda Botelho e respectivas famílias. O Coronel Arruda Botelho criou o distrito policial local, transferiu a freguesia de Boituva da paróquia de Porto Feliz para a de Tatuí, e criação do distrito de Paz.
Boituva foi elevada a categoria de vila pelo decreto 1 014, de 16 de outubro de 1906 e a município pelo decreto 3 045, de 6 de setembro de 1937, sendo instalado em 1938.
Histórico da linha Sorocabana
Foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha foi aberto em 1875, até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922, quando atingiu Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes, porém, a EFS construiu vários ramais, e passou por trocas de donos e fusões: em 1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época à beira da falência. Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia, vendida para o Governo paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para o grupo de Percival Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas linhas incorporadas pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a ser o dono, por causa da situação precária do grupo detentor. Assim foi até 1971, quando a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal FEPASA.
O seu trecho inicial, primeiro até Mairinque, depois somente até Amador Bueno, desde os anos 20 passaram a atender principalmente os trens de subúrbio. Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho passou a ser administrado por ela. Trens de passageiros de longo percurso trafegaram pela linha-tronco até 16/1/1999, quando foram suprimidos pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa. A linha está ativa até hoje, para trens de carga.
A Estação
A estação de Boituva foi inaugurada em 1882 como ponta de linha e já em 1889 passou a ser a estação de saída para o ramal de Tatuí, que mais tarde, aumentado, passou a ser o ramal de Itararé, segundo da Sorocabana em tamanho.
Em 1920, outro curto ramal, para Porto Feliz, passou também a sair da estação.
"Boituva - estação de entroncamento do ramal de Porto Feliz e inicial da linha Itararé - acha-se situada em um pequeno patamar com rampas descendentes em todos os sentidos, condição essa que dificulta a composição de trens e tem mesmo sido causa de diversos acidentes". O texto, extraído do relatório de Sorocabana de 1920, mostra os problemas que levaram à troca de estação de entroncamento para Itararé.
Em 1924, a saída do ramal, para os trens cargueiros, passou a se dar por um posto do quilômetro 158, situado entre as estações de Boituva e de Santo Antonio, que, com a duplicação da linha e mudança definitiva da saída do ramal de Itararé para a estação de Santo Antonio (depois, Iperó) em 1929, desapareceu.
Então, a partir de janeiro de 1929, a saída do ramal de Itararé passou a ser em Santo Antonio Nova (Iperó), pois as condições naquele ponto eram melhores, principalmente com a retificação e duplicação da linha, concluídas naquele ano. Historiadores de Boituva citam também a intransigência do fornecedor de água em aumentar o suprimento para a estação de Boituva como outro fator decisivo para a mudança de local da bifurcação de linhas.