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Resposta:
O autor, começando por colocar o problema da fabricação do consentimento na perspectiva de Burawoy, problematiza o conceito de classe, confrontando a perspectiva estrutural de classe e a perspectiva centrada nos processos históricos da formação de classe inspirada em Thompson, o que implica relevar a pertinência analítica do conceito de “formação da classe trabalhadora”. Após fazer uma breve retrospectiva histórica aos movimentos de protesto e manifestações populares de revolta, dá igualmente conta dos processos de resistência e formação de poder por parte da classes trabalhadoras a que se opõe as diversas fases organizacionais fordista e pósfordista do patronato no sentido de vencer a resistência operária. Por fim, com base em autores como Thompson, Hobsbawm e Katznelson, o autor destaca na formação da classe trabalhadora as sociabilidades, as vivências, e as culturas de classe. Ou seja, se a classe social está longe de se resumir a uma estrutura, a sua inserção histórica pode ser captada pelo pesquisador a partir da análise da sua processualidade.