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Resposta:
Trata-se de um autorretrato, que se encontra entre as 50 obras mais famosas do mundo.
Em seu autorretrato, com o rosto quadrado em “close-up”, o pintor olha para o observador, em total estado de desespero, como se estivesse a pedir-lhe socorro.
Ainda que se encontre nesse estado emotivo, ele se mostra belo, com seus grandes olhos escuros abertos, sobrancelhas grossas e bem feitas, testa contraída, bochechas coradas, que se contrapõem à palidez do rosto, bigode e barbichas negros, boca carnuda vermelha, entreaberta, e narinas dilatadas.
A sua beleza ameniza o estado de desespero, sendo o observador incapaz de ignorá-la.
As duas mãos sobre os cabelos escuros parecem querer arrancá-los. Os tendões das mãos e dos pulsos, assim como os do pescoço, mostram-se tensos, refletindo seu estado desesperador.
A fonte de luz, que despeja claridade sobre o retratado, vem de sua direita, como se estivesse a empurrá-lo para a frente.
Ao invés de mostrar um retrato, tradicionalmente vertical, Courbet usa o formato de paisagem (retangular e horizontal), que cria um espaço maior para a abertura dos braços, envoltos por uma camisa branca, em seu gestual aflitivo.
Segundo os estudiosos de arte, Gustave Courbet era uma pessoa generosa e jovial, que tinha gosto pela vida.
Mas também era melancólico e passava por momentos depressivos e de estafa.