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Resposta: Um caminho estratégico contra evasão escolar e fortalecimento da autoestima
Por: Juliana de Souza Mavoungou Yade1
"Gente, só é feliz
Quem realmente sabe, que a África não é um país
Esquece o que o livro diz, ele mente"
(Mufete - Emicida)2
No ano de 2015, o projeto “Semana Integrada de Combate ao Racismo” na cidade de Salvaterra – Pará, chegou a quinta edição com o tema Da África para o mundo.
As aprendizagens que os (as) estudantes adquiriram no período de realização do projeto se tornaram visíveis no processo de valorização da cultura africana e afro-brasileira, na elevação da autoestima3, que teve por consequência a queda na evasão escolar4 e o aumento do interesse pela escola.
O projeto foi planejado e executado de forma a valorizar a interdisciplinaridade e teve por objetivo despertar e sensibilizar o corpo docente, discente e a comunidade para os malefícios do racismo estrutural de nossa sociedade.
Para isso, foram realizadas palestras, debates, exibições de vídeos documentários, apresentações teatrais e musicais, sempre como instrumentos pedagógicos para tratar da temática história da África e cultura afro-brasileira.
A culminância do projeto se deu com ampla participação da comunidade local e dos municípios vizinhos, com a escolha da beleza negra nas modalidades feminina e masculina e com uma caminhada pelo centro urbano da cidade para exercitar o direito de expressão e manifestação política da comunidade escolar, iniciativa que chamou a atenção da sociedade para a problemática do combate ao racismo. Na caminhada, os (as) estudantes exibiram o material que produziram para que toda comunidade visse.
A unidade escolar Prof. Ademar Nunes de Vasconcelos recebe alunos de 16 comunidades remanescentes de quilombos5 , e a ação dos (as) docentes é fundamental na luta contra o racismo e a superação de estereótipos ligados _à população negra e quilombola.
Com a prática de revisitar as ações desencadeadas pelo projeto nos anos anteriores, os (as) estudantes adquirem um novo olhar para a sua própria realidade. A novidade dessa edição do projeto de 2015 foi a confecção de adinkras6.
Os (as) estudantes fizeram atividades que trouxeram visibilidade aos (às) líderes negros (as) da comunidade internacional, e elaboraram textos sobre a importância dessa prática da qual participaram.
As atividades descritas possibilitaram ir além das atividades propostas no livro didático, pois nele, nem sempre a histórias, memórias e valores civilizatórios da população afro-brasileira e africana estão narradas de modo digno ou que ultrapasse os preconceitos já estabelecidos.
Explicação: pronto pega esse texto