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A Arte, que me pareceu pouco estimulante, insinuando uma adaptação infantil, em formas e cores, ficando bizarra ao misturar elementos de percepção pueril com algo impactante que seria para leitura jovem ou adulta. Exemplo do pueril está na imagem concebida para Ananias (pág. 40) e do bizarro impactante na morte de Estevão (pág. 62), onde vemos um conflito entre imagem infantilizada e drama impactante. Ora! Se o olhar não é infantil, então ficaria melhor num mangá com traço mais adulto e estiloso, como existem por aí, tipo a arte de Júlio Shimamoto. Enfim, o grafismo não foi convidativo e estimulante à uma leitura de centenas de páginas.
A outra coisa que não curti foi a disposição da história sem a marcação de capítulos de maneira mais evidente. A leitura é praticamente sem marcações (as que existem são muito sutis), como um grande texto e isso cansa. Quem já leu o Robson Crusoé no original talvez saiba do que estou falando, um livro praticamente em texto único, sem capítulos delineados. A participação do narrador é também enfadonha, em tiras que quase não conseguia ler.
Entre as coisas que senti falta, gostaria que tivessem adaptado a passagem em Atos 17:11 e no que foi mostrado, apesar de ter citado uma cena de forma negativa (a da pedra no peito), a passagem sobre o Estevão foi a que mais gostei (entre as pág. 54 e 64).