Respostas
Resposta:
Essenciais na política de colonização, as aldeias, estabelecidas com o acordo entre Coroa e Igreja, visavam não apenas cristianizar os índios, mas ressocializá-los, tornando-os súditos cristãos do rei, com vários papéis a cumprir na nova sociedade que se construía.
Explicação:
Civilizar tornou-se, a partir de meados do século XIX, a peça central da doutrina colonial europeia em relação aos territórios ultramarinos. Na senda de outros impérios, Portugal adotou, como parte integrante da sua estratégia governativa, a missão política de civilizar os povos indígenas.
A política de aldeamentos da Coroa Portuguesa, essencial para a ocupação do território na capitania do Rio de Janeiro, só foi possível pela negociação com os chefes indígenas. Cabe lembrar que, nos séculos XVI e XVII, a dependência dos portugueses em relação aos índios era imensa, e a construção do projeto de colonização dependia, em grande parte, das dinâmicas locais. Dinâmicas essas que incluem as ações dos povos subalternos, tais como indígenas, africanos e seus descendentes, como a história indígena e a história da escravidão estão revelando.
O próprio projeto jesuítico de catequese foi repensado a partir dos desafios locais, dentre os quais destacam-se as reações dos índios à presença dos missionários em suas aldeias e, sobretudo, a intensificação das guerras indígenas em toda a costa brasileira. Da pregação itinerante passou-se à prática de deslocar os índios para aldeias construídas nas proximidades dos núcleos portugueses.