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Resposta: Atualizado 17 janeiro 2020
As mudanças climáticas devem causar grandes transformações em todo o mundo: o nível do mar vai subir, a produção de alimentos pode cair e algumas espécies talvez sejam extintas.
A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que o mundo precisa limitar o aumento da temperatura média global a menos de 1,5 °C em relação aos níveis pré-industriais.
Mas, de acordo com os cientistas, cumprir a meta de 1,5 °C exige "mudanças rápidas, de longo alcance e sem precedentes" em todos os aspectos da sociedade.
Afinal, o quão quente o mundo está e o que pode ser feito?
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Três coisas que podemos fazer para evitar que a temperatura da Terra suba além do limite
1. O mundo está mais quente
O planeta está agora quase um grau mais quente do que estava antes do processo de industrialização, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM).
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A temperatura média global nos primeiros 10 meses de 2018 ficou 0,98ºC acima dos níveis de 1850–1900, segundo cinco relatórios independentes de dados globais.
Como a temperatura dos anos se compara com a média do séc. 20
1966
Os 20 anos mais quentes foram registrados nos últimos 22 anos, sendo que 2015 a 2018 ocupam os quatro primeiros lugares do ranking, diz a OMM.
Se essa tendência continuar, as temperaturas poderão subir entre 3ºC e 5ºC até 2100.
Um grau pode não parecer muito, mas, segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), se os países não tomarem uma atitude, o mundo enfrentará mudanças catastróficas — o nível do mar vai subir, a temperatura e a acidez dos oceanos vão aumentar e a nossa capacidade de cultivar alimentos como arroz, milho e trigo estaria ameaçada.
2. 2019 bateu todos os recordes
Quase 400 temperaturas recordes foram registradas no Hemisfério Norte durante o verão de 2019.
Os recordes foram alcançados em 29 países entre 1º de maio e 30 de agosto. Um terço das temperaturas mais altas de todos os tempos foi registrada na Alemanha, seguida por França e Holanda.
Esses recordes europeus foram registrados em meio a ondas de calor em todo o continente que provocaram um aumento nas temperaturas médias em junho e julho.
Durante o período indicado no mapa abaixo (de maio a agosto de 2019), os pontos amarelos mostram onde e quando um recorde de calor foi quebrado, o rosa indica os lugares mais quentes naquele mês, e o vermelho escuro representa os locais mais quentes desde o início dos registros.
As temperaturas mais altas destas regiões
Mais de 30 recordes foram registrados nos EUA, de acordo com os dados do Berkeley Earth. No Japão, onde 11 pessoas morreram em decorrência da onda de calor no verão, foram quebrados 10 recordes de temperatura.
3. Não estamos no caminho de atingir as metas de mudança climática
Se somarmos todas as promessas para reduzir emissões de gases que provocam efeito estufa pelos países que assinaram o Acordo de Paris, o mundo ainda esquentaria em mais de 3°C até o fim deste século.
Gráfico média de aquecimento global
Nos últimos três anos, climatologistas mudaram a definição do que acreditam ser o limite "seguro" da mudança climática.
Por décadas, pesquisadores argumentaram que o aumento da temperatura global devia ser mantido abaixo de 2°C até o fim deste século para evitar consequências mais graves.
Os países que assinaram o acordo de Paris se comprometeram a manter as temperaturas "bem abaixo dos 2°C em relação aos níveis pré-industriais e a buscar esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C".
Mas a comunidade científica concorda agora que, na verdade, precisamos manter os aumentos de temperatura abaixo de 1,5°C.
4. Os maiores emissores são a China e os EUA
Os países que emitem mais gases de efeito estufa são, de longe, a China e os EUA. Juntos, eles são responsáveis por mais de 40% do total global de emissões, de acordo com dados de 2017 do Centro Comum de Pesquisa da Comissão Europeia e da Agência Holandesa de Avaliação Ambiental (PBL).
Os gráficos que mostram os 15 países que emitiram mais CO2 nos últimos 20 anos (e em que posição está o Brasil)
Gráfico emissores de CO2
A conduta ambiental dos EUA mudou sob o governo de Donald Trump, que adotou uma política pró-combustíveis fósseis.
Depois de tomar posse, o presidente americano anunciou a retirada do país do Acordo de Paris.
Na ocasião, Trump disse que queria negociar um novo acordo "justo" que não prejudicasse empresas e trabalhadores americanos.