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Racionamento voluntário vira briga em condomínios de São Paulo
EMILIO SANT'ANNA
FERNANDA MENA
DE SÃO PAULO
23/11/2014 02h00
A disputa pela melhor vaga na garagem, o salto alto no andar de cima, a música alta da festinha noite adentro e, agora, as torneiras secas. A crise hídrica se juntou ao nada seleto rol das reclamações em condomínios que ensejam brigas entre vizinhos e vão parar até na Justiça.
Longe de atingir as metas de economia, um edifício em Higienópolis, bairro nobre de São Paulo, resolveu seguir, no mês passado, o que outros prédios da cidade já fizeram: instituir o "autorracionamento" de água.
O corte no fornecimento foi estabelecido das 23h30 à 6h em caráter experimental -sem que o tema fosse levado à assembleia de condôminos.
Afixado no elevador, o aviso informava que era preciso economizar -na sexta (21), o sistema Cantareira operava com 9,7% de sua capacidade- e que, com a baixa pressão do fornecimento da Sabesp, a medida era necessária para abastecer a caixa-d'água.
Em menos de um mês, a conta do prédio de R$ 3.200 caiu quase à metade, e a meta da Sabesp para o desconto de 30% na fatura foi atingida.
Com a boa notícia, porém, veio uma surpresa menos agradável: uma liminar obrigou o condomínio a reestabelecer o abastecimento 24 horas por dia, sob pena de multa diária de R$ 100.
Síndica do prédio, a professora Maria Bachcivangi Garcia não sabia, mas a poucos andares do seu apartamento, "dormia o inimigo".
Incomodado com a falta de água quando chegava em casa após o trabalho, o advogado Celso Henrique Barbone, 34, resolveu acionar a Justiça.
Para ele, não havia justificativas para a medida. “A síndica tomou uma atitude completamente arbitrária. Pela lei, o que ela deve fazer é zelar pelo fornecimento", diz.
O oficial de Justiça chegou ao edifício quase na hora em que o registro seria fechado, para surpresa da professora. "Nunca deixei de dialogar, por isso não imaginava que ele fosse à Justiça."
O tema ainda divide opiniões. Para Hubert Gebara, vice-presidente de Administração Imobiliária do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), o que deve imperar é a decisão aprovada em assembleia.
"Se a maioria aprovar que não vai ter água, é uma decisão soberana", diz Gebara.
Já o presidente do Comitê de Habitação da OAB-SP, Marcelo Tapai, afirma que não basta a decisão da maioria: é preciso que 100% dos moradores concordem. Agir por conta própria, então, muito menos. "Em casos assim, cabe até indenização por danos morais", diz ele.
1 - Observe o trecho a seguir e responda:
“Com a boa notícia, porém, veio uma surpresa menos agradável...”
A palavra destacada expressa uma ideia de :
a) Oposição
b) Consequência
c) Adição
d) Finalidade
2- Faça a análise dos elementos principais da notícia lida
O que aconteceu?
Com quem?
Quando?
Onde?
Como?
3 – De acordo com o título do texto, por que o racionamento voluntário gerou briga no condomínio em São Paulo? Explique.
4 – Cite duas falas de pessoas que se manifestaram no decorrer do texto. Qual sinal de pontuação foi utilizada para destacar essas falas?
5 – O conflito foi resolvido? Comente com dados do texto.
6 – “O corte no fornecimento foi estabelecido das 23h30 às 6h em caráter experimental - sem que o tema fosse levado à assembleia de condôminos.” A que termo ou expressão se refere o trecho grifado?
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Resposta:
mds quanta coisa
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