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Resposta:
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Resposta:
Porque considerar uma sociedade como primitiva é ter como premissa a existência de uma outra que seja evoluída e da qual se parte a observação do pesquisador.
Explicação:
Já houveram teorias antropológicas que adotaram esse ponto de vista como científico e se voltaram para comunidades indígenas com os olhares curiosos com o qual nós olhamos para uma criança e pensamos: "Ah, ela é tão inocente e tem tanto que aprender". Uma delas foi a universalista, encabeçada pelo britânico Edward Burnett Tylor no final do século XIX, que defendeu etapas de evolução social, em que as tribos aborígenes e aldeias nativas ocupavam as escalas mais baixas e as cidades europeias representavam o ápice da vivência humana.
Contudo, foi com a influência de Franz Boas e sua visão cultural particularista que começou-se a formular uma interpretação antropológica capaz de avaliar os valores étnicos como riquezas de seus próprios âmbitos sociais, isto é, toda conjuntura cultural ganha seu verdadeiro valor apenas quando vinculada às tradições e noções dos povos que lhe deram origem. Ainda, em outras palavras, cada cultura é uma totalidade singular, dotada de sentido e que não deve ser colocada como melhor ou pior que outra, mas, na perspectiva de Boas, diferentes por terem de lidar com distintas necessidades de organização, em distintos espaços naturais e desde distintos períodos de surgimento.
Mais tarde, Claude Lévi-Strauss (o nome mais alto da antropologia, e que morreu há apenas 11 anos atrás) solidificou essa postura como relativismo cultural e inaugurou grande parte de todas as teorias que viriam a se suceder e ainda se sucedem hoje.
Desculpe-me toda essa viajada com a matéria, mas espero que com tudo isso eu tenha sanado sua indagação (ao menos em partes).
Tenha um bom dia!
(Abaixo estão as fotos de Tylor, Boas e Lévi-Strauss, espero que nessa ordem).