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*RESPOSTA*
. Resenha sobre o documentário “Solitário Anônimo”
O documentário mostra o que se passa na emergência de um hospital. O caso em questão foi o do
paciente que chegou com um bilhete se descrevendo como “Solitário Anônimo” e dando algumas
instruções para os que o encontrasse. Este sujeito, já na terceira idade, foi encaminhado para o hospital
após ser encontrado na rua em más condições de saúde. Durante seus cuidados, o Solitário Anônimo
repetia para que “o deixassem ele me paz'' e “que só queria morrer''. A psicóloga do caso, então
chamou Debora Diniz para ser perita do caso pois está em dúvida se deveria ou não o deixar sucumbir
aos seus desejos. Diniz, depois de estar a par de todo o caso, pediu para que acompanhasse o caso,
mas registrando-o, caso o paciente autorizasse. O intuito de Debora Diniz era mostrar onde começava
e onde terminava os direitos do indivíduo sobre seu próprio corpo. Mostrar até onde, os profissionais
de saúde, pode conceder o direito sobre sua morte, a alguém.
As situações clínicas encontradas inicialmente foi o modo frio como o paciente está sendo tratado
quando chegou. Como foi dito por Diniz, quando se entra num hospital a pessoa vai começar a fazer
parte de uma engrenagem que se foca apenas em salvar vidas sem escutá-la. No vídeo mostra a
introdução forçada de uma sonda, o que é um exemplo da “falta de tato” dos médicos e enfermeiros
nos primeiros cuidados. Por mais que o Solitário Anônimo estivesse debilitado, não estava,
aparentemente, apresentando nenhum estado de falta de lucidez ou um estado tão crítico que não
pudesse tentar convencê-lo de tal procedimento com uma conversa em primeiro lugar.
Durante os primeiros cuidados pode-se notar alguns estágios sistematizados por Elizabeth Kübler-
Ross. No primeiro momento, ao chegar ao hospital, o Solitário Anônimo transmite muita raiva, se
negando a colaborar com procedimentos e alegando violência e agressão por parte da equipe médica.
A depressão, outro estágio captado, veio após alguns dias hospitalizado. Ainda se recusando a dar
algumas informações sobre si mesmo, mas passou a conversar mais com a equipe médica.
No final da gravação, quando Debora Diniz retornou para terminar as filmagens, O Solitário
Anônimo já estava mais saudável e bem tratado. Na entrevista final com Diniz, ele ainda negava seu
nome e seu passado, mas conversou sobre a questão do tratamento dos pacientes nos hospitais e o
que pensava a respeito.
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Resposta:
Resumo
Este artigo propõe reflexões sobre educação em saúde, parti-
cularmente no que diz respeito à formação ético-política dos
profissionais da área, à luz das ideias de Michel Foucault. Toma
o vídeo Solitário Anônimo, produzido em 2007 pela antropó-
loga e docente Debora Diniz, como desencadeador dessas re-
flexões, particularmente no que tange à incidência do poder
sobre a vida retratada na tensa relação entre paciente idoso e
agentes de cuidado na cena hospitalar. Busca articular o pensa-
mento foucaultiano com as noções de normal/patológico, saú-
de/doença, risco em saúde e qualidade de vida, substratos de
práticas e teorias no campo da educação em saúde.