DESAFIO
Há oito anos, a Fundação Dom Cabral, por meio do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento em Logística Supply Chain, realiza a Pesquisa de Custos Logísticos no Brasil. Na primeira edição do levantamento, os custos logísticos representavam cerca de 10,5% do faturamento bruto das empresas. Ao longo dos anos, esse percentual nunca diminuiu e, na última versão, apresentou o maior índice, alcançando 12,37% do faturamento bruto das empresas brasileiras na área industrial. Com isso, o Brasil detém o maior custo logístico entre as principais economias do mundo. Atualmente, as empresas de logística gastam bilhões de reais com um dos grandes vilões do custo logístico: o transporte no modal rodoviário.
Essa infraestrutura caótica contribui para gastos maiores, principalmente para quem realiza viagens de longas distâncias, o que, automaticamente, faz com que os custos com transporte, rastreamento, manuseio, taxas diversas, seguro e outros tantos - os quais já não são baratos - eleve os custos com frete às alturas. Por isso, nunca foi tão importante pensar “fora da caixa” e encontrar caminhos possíveis para conseguir equalizar os custos.
Pensando nessas questões, elabore um checklist detalhado de, pelo menos, cinco ações fundamentais para que qualquer gestor logístico aplique e consiga controlar e reduzir seus custos de transporte, maximizando ganhos.
Não esqueça de citar ferramentas das planilhas de custos, bem como gráficos de análise de indicadores logísticos.
Respostas
Resposta:
Checklist de cinco ações:
Explicação:
#1 Compor uma planilha de controle de custos voltada para todas as variáveis que envolvam o custo de transporte, como salário e encargos dos dos motoristas, depreciação dos veículos, seguro dos veículos, combustível, pneus, manutenção. A atualização dos dados deve ser diária.
#2 Medir a ociosidade dos veículos: antes de aumentar a frota, verifique a ociosidade de seus veículos por meio de uma análise simples de ociosidade x ocupação. Já que o veículo já está constando como despesa (seja ele de terceiro ou próprio), por que não fazer mais entregas com o mesmo veículo? É possível usar um gráfico combinado de tempo de utilização do veículo x taxa de ociosidade.
#3 Evitar que um caminhão/veículo rode vazio (batendo lata): os custos do transporte de cargas têm a distância percorrida (quilometragem rodada) como um dos principais fatores determinantes para o estabelecimento do preço de frete. As más condições das vias e a concentração das indústrias no Sul e Sudeste do país contribuem para um fluxo de mão única de distribuição. Desenvolver as regiões de destino de sua carga é uma tarefa que deve ser contemplada por sua equipe de transportes.
#4 Compor os custos de frete corretamente. Para isso, é importante conhecer a fundo todas as parcelas que o fornecedor repassa na planilha, como frete-peso, impostos, taxas de pedágio, taxas de cobrança pelo valor da carga (ad valorem), entre outros. Para tanto, deixe disponível essa planilha na sua pasta de custos
#5 Usar o gráfico de Pareto para avaliar quais são os custos mais representativos com o transporte rodoviário e buscar diminuí-los, a fim de que a priorização possa impactar no custo total.