• Matéria: Filosofia
  • Autor: janielyvieira74
  • Perguntado 5 anos atrás

Questão sobre Montaigne

[…] não vejo nada de bárbaro ou selvagem no que dizem daqueles

povos; e, na verdade, cada qual considera bárbaro o que

não se pratica em sua terra. […] Não me parece excessivo julgar

bárbaros tais atos de crueldade [o canibalismo], mas que o fato

de condenar tais defeitos não nos leve à cegueira acerca dos

nossos. Estimo que é mais bárbaro comer um homem vivo do

que o comer depois de morto; e é pior esquartejar um homem

entre suplícios e tormentos e o queimar aos poucos, ou entregá-

lo a cães e porcos, a pretexto de devoção e fé, como não somente

o lemos mas vimos ocorrer entre vizinhos nossos conterrâneos;

e isso em verdade é bem mais grave do que assar e

comer um homem previamente executado. […] Podemos, portanto,

qualificar esses povos como bárbaros em dando apenas

ouvidos à inteligência, mas nunca se compararmos a nós mesmos,

que os excedemos em toda sorte de barbaridades.

MONTAIGNE, Michel de. Ensaios I. São Paulo:

abril Cultural, 1978. p. 108. (Coleção Os pensadores).

Responda: o texto do filósofo Montaigne reconhece ou nega a alteridade cultural? Por quê​

Respostas

respondido por: jesusmariaeduarda052
3

Resposta:

Ele reconhece

Explicação:

Pq não pode julgar as pessoas pela aparência, mais por matar uma pessoa(canabalismo) contra a própria decisão que ela toma ou quer tomar é querer tomar algo que ela também tem..

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