Nem bem amanhece e eles já estão correndo em praças. E levantando bolas
de chumbo, plantando bananeiras com desenvoltura e subindo em cordas em
ritmo frenético. “Enquanto alguns vão para a igreja, outros vão para o crossfit”,
me diz uma garota baixinha, de cabelo curto, dando a dica enquanto completa
o treino do dia ou o WOD (no idioma crossfiteiro). São 6h30 da manhã e a cena
é um ritual: há o pastor-instrutor, o fiel-aplicado, o grito de guerra que anima a
devoção. A julgar pela quantidade de adrenalina exalada, estamos mesmo no
meio de um culto.
Talvez seja o senso de comunhão o responsável pela rapidez com que o
crossfit se tornou um fenômeno fitness global. Conversar com seus praticantes
é ouvir coisas como: “Crossfit é família, riso, amor e comunidade”. E desde que
o preparador físico Greg Glassman fundou a técnica baseada em treinamento
de força e alta intensidade, em 2000, nos Estados Unidos, o número de boxes
(como são chamados os espaços dedicados à prática) já somam 13 mil em
todo o mundo –- no Brasil, são 920. Isso contando apenas os espaços oficiais,
outorgados pela matriz americana.
Eu acho que as pessoas ficaram entediadas com os
protocolos de exercícios dirigidos por máquinas e
preferem o tribal, natureza do crossfit
Porque crossfit é, antes de qualquer coisa, uma marca. Para ser instrutor é
preciso fazer um curso. Para abrir um boxe é preciso ter feito um curso.
Basicamente, qualquer boxe ou academia que ofereça a prática deve ser
licenciado, como são as redes de fast-food e igrejas. A licença, para cada
franqueado, tem um custo anual de quase R$ 10 mil. Numa edição de fevereiro
deste ano, a revista Forbes avaliou a marca CrossFit Inc. em quatro bilhões de
dólares. Bendito seja o culto aos corpos sarados e enxutos.
“Eu acho que as pessoas ficaram entediadas com os protocolos de exercícios
dirigidos por máquinas e preferem o tribal, natureza do crossfit”, diz o
fisioterapeuta e instrutor Arivan Gomes. Estamos no centro de um boxe. Há
dois alunos que se conheceram há uma hora. Em dupla, eles fazem um
aquecimento semelhante a um treino completo para a maioria das pessoas,
seguido de saltos em caixas e erguimento de alteres; no chão por alguns
minutos, sorrindo, lembram um casal com anos de parceria e muito suor
trocado.
1. Identifique as caraterísticas dessa prática esportiva e física
classificada pela reportagem como uma religião.
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1. A citação do "Pastor- Instrutor", o "Fiel- aplicado" e o grito de guerra que anima a devoção. Além de julgar pela adrenalina exalada, a pessoa sentir estar no meio de um culto. O crossfit se tornou um fenômeno fitness global com rapidez justamente por esse senso de comunhão e atitude dos praticantes que vêem o crossfit como "Família, riso, amor e comunidade".
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não sei essa é muito difícil para fazer
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