Assim como as tartarugas, muitos outros animais são capazes de se orientar pelo campo magnético da Terra. Agora, pesquise um exemplo. Informe a espécie e a importância do campo magnético para ela.
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Serpentes-píton, jiboias e jararacas veem o mundo da mesma forma que nós, com um detalhezinho a mais: também “enxergam” em infravermelho. Graças ao mecanismo, conseguem rastrear presas a até um metro de distância pelo calor de seus corpos.
Elas utilizam um órgão simples, a fosseta loreal, localizada próximo às narinas. Embora sua função varie um pouco entre as espécies de cobras, é sempre uma cavidade com uma membrana cheia de terminações nervosas sensíveis ao calor que atuam como receptores de infravermelho. O órgão foi descrito pela primeira vez em 1952, mas somente no ano passado que os canais de proteína específicos que reagem com o calor foram identificados. A descoberta foi de que eles são encontrados em células nervosas do sistema sensorial que detectam toque e temperatura e registram dor.
Ainda que a fosseta loreal seja separada do sistema visual, seu conjunto de informações acaba numa parte do cérebro chamada de teto óptico. “Lá, os dois mapas do espaço — visual e infravermelho — se fundem em um só”, diz o neurocientista Michael Grace, que estuda o sensor térmico de jararacas no Florida Institute of Technology, em Melbourne.
Grace acredita que isso permite às cobras enxergar em infravermelho e luz visível ao mesmo tempo, ou mudar entre uma e outra. Quando estão caçando numa toca escura, elas podem usar o “mapa de calor” para abocanhar sua presa e então voltar à visão normal. Também podem usar os dois sentidos ao mesmo tempo quando a luz é suficiente para enxergar e está frio o bastante para que o calor da sua presa se destaque.
Para os estudiosos, a combinação de imagens de vídeos normal e infravermelho dá uma boa ideia de como seria este mundo.