Respostas
Os versos apaixonados transparecem o afeto de um recém apaixonado que dialoga com as estrelas. Quem o ouve acusa o eu-lírico de devaneio:
Ora (direis) ouvir estrelas! Certo perdeste o senso!”
O eu-lírico não liga para a acusação e ainda sublinha a sua necessidade de conversar com as estrelas deixando, inclusive, as janelas abertas para melhor ouvi-las. A conversa com os astros é longa, se estende noite adentro:
E conversamos toda a noite, enquanto
A via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila.
A tristeza aparece quando nasce o sol e torna-se impossível vê-las. O apaixonado então recolhe-se a sua tristeza e agonia a espera que a noite caia novamente.
A meio do poema são inseridas aspas para indicar a presença do interlocutor, que o acusa novamente de se desconectar da realidade para conversar com as estrelas. O eu-lírico então devolve uma resposta cabal:
E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.
Ao mesmo tempo que fala de um sentimento particular - o encantamento provocado pela amada, o sentimento de enamoramento - o poema é construído de modo universal, de forma a alcançar os ouvidos de qualquer pessoa que já tenha se sentido em tal estado.
Trata-se, por isso, de versos eternos, que não perdem a validade, porque retratam sentimentos tipicamente humanos e genuínos, independentes de qualquer tempo e lugar.
Resposta: não sei mas já faz tempo então olha a outra resposta
Explicação: