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Um estudo de caso apresentado por Ramírez, Novella e Barrera-Bassols (2010) tem foco na conservação para paisagem e geossítios na costa norte de Michoacán. Os autores consideram o patrimônio e a sua conservação um tema atual como estratégia importante para preservar a natureza e os vestígios do passado. Destacam que ainda ocorre e degradação de sítios arqueológicos causada por saques ao patrimônio, fomentados pelo comércio ilegal. Além disso, há a deterioração causada pelo mau uso do patrimônio; a negligência e a fragilidade do bem não renovável (quando usado inadequadamente), pondo em risco o patrimônio cultural mexicano. Uma visão progressista de ocupação, sem a atenção adequada, visou apenas ao benefício econômico. A urbanização desordenada, a abertura de rodovias, o aumento do número de visitantes, o vandalismo, o empobrecimento da população local e seu distanciamento do patrimônio arqueológico amplificam o problema (Ramírez et al., 2010, p. 106).
A conservação da paisagem e dos sítios arqueológicos pode ser atingida com medidas preventivas e de adequação, integrando as populações locais na gestão do patrimônio. Assim, medidas devem ser tomadas para reforçar os laços de identidade, os quais se fortalecem, principalmente quando há descendentes diretos ligados ao patrimônio, como ocorre em Michoacán, onde os sítios arqueológicos são parte da cultura na cestral dos atuais habitantes da região (Ramírez et al., 2010, p. 106). Ramírez et al. (2010, p. 106) reforçam que a proposta deve oferecer recursos conceituais e técnicos de como o patrimônio será estudado e apresentado ao público.
Outro exemplo a ser destacado é dos sítios de grupos ceramistas portadores da cultura Capacha, os quais deixaram vestígios de sua ocupação em uma área significativa da costa do Pacífico, uma área pertencente a seis Estados mexicanos: Sinaloa, Nayarit, Jalisco, Colima, Michoacán e Guerrero. A pesquisa ocorreu no município de Coahua-yana, onde as investigações arqueológicas ainda são incipientes, bem como os estudos relacionados ao meio físico. Ramírez et al. (2010) desenvolveram a pesquisa em quatro sítios arqueológicos com datas entre 300 e 1200 d.C., possuindo como característica comum o fato de terem sido muito depredados por caçadores de tesouros. Ramírez et al. (2010, p. 118) também chamam a atenção para os processos naturais e antrópicos de destruição dos sítios, como terremotos, furacões e inundações fluviais.