Respostas
Resposta: As regiões das quais a maior quantidade de africanos foi trazida para o Brasil foram Senegâmbia (Guiné), durante o século XVI, Angola e Congo, durante o século XVII, e Costa da Mina e Benin, durante o século XVIII. Durante o século XIX, os ingleses proibiram o Brasil de traficar africanos de locais acima da linha do Equador.
Ao todo, Angola correspondeu a 75% do total de desembarques de africanos no Brasil, e na primeira metade do século XIX, um grande número dos africanos enviados ao Brasil eram de Moçambique|10|. Os povos dos quais os africanos vieram foram variados, destaque para bantos, nagôs, hauçás, jejes etc.
Os colonos tinham preferência por escravos de diferentes povos, pois isso dificultava a possibilidade desses de se organizarem e de se rebelarem contra a escravidão. Os locais que mais recebiam desembarque de africanos escravizados foram Rio de Janeiro, Salvador e Recife, e depois poderiam ser comprados e enviados para diferentes locais do Brasil, como Fortaleza e Belém, por exemplo.
O escravo era um item com um preço bastante elevado, e o historiador Boris Fausto informou que um colono levava de 13 a 16 meses para recuperar o valor que era gasto. Depois que iniciou o ciclo de mineração, o preço do escravo subiu e passaram a ser necessários cerca de 30 meses de trabalho para que o valor gasto fosse recuperado|11|.
Os traficantes pagavam impostos na alfândega instalada nos portos por cada africano que tivesse idade superior a três anos e na venda do africano. Informações como sexo, idade e origem eram relevantes. Os africanos escravizados eram comprados para trabalhar na lavoura, engenhos ou mesmo em trabalhos domésticos. Com a descoberta de ouro em Minas Gerais, um grande volume de africanos foram enviados para trabalhar nas minas.
O tráfico negreiro existiu no Brasil até 1850, após um longo período, e a proibição desse negócio só aconteceu pela pressão dos ingleses e pela ameaça de guerra contra a Inglaterra por conta do Bill Aberdeen. Essa lei inglesa de 1845, permitia às embarcações britânicas invadir as águas territoriais do Brasil para caçar navios negreiros.
A proibição do tráfico negreiro aconteceu por meio da Lei Eusébio de Queirós, aprovada no ano de 1850, e com ela o governo iniciou uma forte repressão ao tráfico, fazendo com que essa prática acabasse rapidamente. Após a aprovação da lei, cerca de 6900 escravos foram desembarcados no Brasil até 1856|12| e depois disso a atividade acabou definitivamente.
Explicação: O tráfico negreiro iniciou-se no Brasil pela necessidade contínua de mão de obra escrava e foi resultado direto da diminuição do número de escravos indígenas.
O tráfico negreiro era uma atividade extremamente lucrativa e atendia aos interesses da Coroa, portugueses e colonos.
A presença portuguesa no continente africano ocorreu por meio de feitorias, as quais os permitiam criar laços comerciais com diferentes reinos africanos.
Os africanos obtidos para escravidão eram prisioneiros de guerra revendidos ou eram capturados em emboscadas elaboradas pelos traficantes.
A principal feitoria portuguesa instalada na África foi a de Luanda, e os escravos angolanos corresponderam a 75% do total desembarcado no Brasil.
Os africanos vinham nos tumbeiros aprisionados em péssimas condições nos porões dos navios em viagens que se estendiam de 1 a 2 meses.
O Brasil recebeu, aproximadamente, 4,8 milhões de africanos escravizados durante três séculos de tráfico.
O tráfico no Brasil só foi proibido por pressões inglesas que resultaram na aprovação da Lei Eusébio de Queirós, em 1850.
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