• Matéria: História
  • Autor: tudotudinho59
  • Perguntado 5 anos atrás

2) De acordo com o texto, como a rivalidade entre americanos e soviéticos se refletiu na Europa no pós-guerra?

TEXTO: O MUNDO DIVIDIDO

Terminada a Segunda Guerra, uma grande parte do mundo estava arruinada. A fome, o frio e as doenças continuaram
matando muitos sobreviventes, meses depois de terminada a guerra. As perdas materiais e humanas arrasaram a
atividade econômica dos países atingidos. Muitos deviam ainda pagar enormes dívidas, sobretudo aos Estados Unidos.
Para os Estados Unidos, a guerra trouxe prosperidade econômica. O crescimento da produção industrial e agrícola
absorveu a mão-de-obra disponível, praticamente acabando com o desemprego no país. Tendo saído da guerra com seu
poder militar e econômico aumentado e, o mais importante, possuindo uma bomba atômica, os Estados Unidos eram, em
1945, uma grande potência.
Mas os Estados Unidos derrotaram o Eixo junto com o Reino Unido e a União Soviética. Tão logo o inimigo comum – o
nazi-fascismo – foi derrotado, a união entre os países capitalistas e a União Soviética, comunista, se desfez, e os antigos
aliados se tornaram adversários no pós-guerra. Americanos e soviéticos voltaram a disputar a liderança mundial. O clima
de rivalidades transformou a reconstrução da paz em divisão do mundo entre Estados Unidos e União Soviética. O marco
dessa partilha foi a divisão da Alemanha, em 1949, em dois países: a República Federal da Alemanha (RFA), sob influência
capitalista, e a República Democrática Alemã (RDA), sob influência comunista.
A liderança dos Estados Unidos concentrou-se nos países da Europa Ocidental, para os quais o governo americano
lançou, em 1947, o Plano Marshall. Era um programa de ajuda econômica (ajuda em alimentos, rações para animais,
fertilizantes, matérias-primas, máquinas, combustível, veículos, etc.) visando reconstruir a economia capitalista. Em 1949,
Estados Unidos, Canadá e países europeus ocidentais assinaram um pacto político-militar chamado Organização do
Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para defesa mútua e contra a ampliação da influência soviética.
A União Soviética consolidou seu domínio sobre os países do Leste europeu, ocupados pelas tropas soviéticas desde o
final da guerra. A economia desses países foi fechada aos negócios com o mundo capitalista e neles implantou-se o
comunismo inspirado no modelo soviético. Isso significou a instalação da ditadura de partido único (o Partido Comunista),
a coletivização das terras e a planificação da economia sob controle do Estado. Em 1955, os países do bloco comunista
assinaram o Pacto de Varsóvia, assumindo o compromisso de ajuda mútua em caso de agressões armadas de outras
nações.
A disputa entre Estados Unidos e União Soviética pela liderança mundial levou as duas potências à corrida
armamentista. Em 1949 a União Soviética fez seu primeiro teste bem-sucedido com a bomba atômica. Temendo o avanço
tecnológico do inimigo, o governo americano estimulou a pesquisa de armas mortíferas. Desde então, americanos e
soviéticos tentaram superar uns aos outros em tecnologia e armamentos.
A corrida armamentista levou à conquista do espaço. A União Soviética foi duplamente pioneira – com o Sputnik 1, o
primeiro satélite artificial, e com a nave espacial Vostok 1, pilotada por Iuri Gagarin, o primeiro homem a viajar no espaço.
Menos de dez anos depois, em 1969, um astronauta americano pisaria na Lua.
A tecnologia espacial levou à criação do ICBM, míssil balístico intercontinental que, lançado de uma base terrestre ou
naval, atingia um alvo a milhares de quilômetros. Logo se inventou o míssil antibalístico, capaz de detonar um míssil
inimigo
antes que ele atingisse o alvo. Bases de lançamento foram construídas nos países da Otan e do Pacto de Varsóvia, para
os mísseis americanos e soviéticos, respectivamente.

A disputa armamentista colocou o mundo sob a ameaça de uma guerra nuclear, capaz de destruir a humanidade.
Chamou-se Guerra Fria a esse período de permanente tensão mundial (1947 a 1989), em que ocorreu uma intensa
disputa econômica, diplomática e tecnológica entre Estados Unidos e União Soviética pela hegemonia mundial.
Nessa guerra, uma eficiente arma para destruir o bloco rival foi a propaganda. Os países capitalistas exaltavam a
liberdade de expressão, a facilidade de consumo e as oportunidades de enriquecimento oferecidas a todos e apregoavam
que no comunismo não havia liberdade e o Estado a tudo controlava.
A propaganda soviética denunciava as enormes desigualdades sociais, o desemprego e a decadência moral
(pr*stituição, dr*gas, p*rn*grafia etc) do mundo capitalista. Ressaltava a superioridade do regime comunista, em que o
Estado garantia emprego, educação e moradia para o cidadão.

Respostas

respondido por: gcrlima1807
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Resposta:

O clima

de rivalidades transformou a reconstrução da paz em divisão do mundo entre Estados Unidos e União Soviética. O marco

dessa partilha foi a divisão da Alemanha, em 1949, em dois países: a República Federal da Alemanha (RFA), sob influência

capitalista, e a República Democrática Alemã (RDA), sob influência comunista.

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