• Matéria: Português
  • Autor: victorgoffi123
  • Perguntado 6 anos atrás

Na cronica "No Retiro Figueira" qual e o conflito e qual foi o desfecho?

Respostas

respondido por: emillyfadokaike
2

Explicação:

No conto No Retiro da Figueira, de Moacyr Scliar, o narrador-personagem

relata sua experiência, da sua família e de outras famílias

sobre a perspectiva de viver em um condomínio fechado cujo nome dá

título ao conto. Assustados com a violência e a insegurança

dos grandes centros urbanos, as famílias descobrem no condomínio

divulgado através de um prospecto, a solução para seus

problemas, por mais que tal promessa de felicidade dê origem à

desconfiança, como se pode perceber já na primeira frase do conto:

“Sempre achei que era bom demais.”

Um prospecto publicitário constitui um elemento essencial ao conto.

Ao longo das três primeiras páginas, podem ser recolhidas as seguintes

alusões a este pedaço

de papel que decide o destino das personagens

Como se pode notar, este prospecto colorido é fundamental, pois é

através dele que as pessoas descobrem a existência do Retiro da

Figueira e se interessam

tanto que decidem visitar o local e garantir a compra de uma residência

sem demora, pois em poucos dias todas as unidades são vendidas. O que

o prospecto contém é atraente sob todos os sentidos: imagens de

casas sólidas e bonitas, gramados, parques, pôneis, lago, campo

de aviação, árvores, pássaros e um sistema de segurança

desenvolvido com alta tecnologia. Na chegada ao local, os candidatos a compradores

e, em seguida, moradores, comprovavam a fidelidade das imagens do prospecto,

além de entrar em contato com a gentileza e a amabilidade dos guardas.

O prospecto e a realidade permanecem coincidentes durante pouco mais de um

mês. Passado este período, começam os dissabores: a sirene

de alarme começa a

tocar e os condôminos, por quatro dias seguidos, são impedidos

de sair do salão de festas, o local determinado para a concentração

de todos em caso de emergência. Até que um jato pousa no campo

de aviação, transportando um homem com uma maleta que é

entregue aos guardas. Eles partem junto com o avião e com o dinheiro

pago pelo resgate dos moradores seqüestrados do Retiro da Figueira. De

felizardos habitantes de um paraíso, todos passam à condição

de vítimas e reféns.

É interessante observar que o prospecto não é a única

fonte de disseminação das imagens simuladas. Os personagens confirmam

ao vivo as maravilhas que tinham

sido apresentadas sob a forma impressa. Mesmo assim, o estado de coisas não

é mantido por muito mais do que um mês. A armadilha não

tarda a ser revelada, confirmando a suposição do narrador-personagem,

para quem tudo “era bom demais”.

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