• Matéria: Artes
  • Autor: Anônimo
  • Perguntado 6 anos atrás

me ajuda pfvvvvv gente agradeço!do melhor resposta!

ESCREVA UM POEMA COM BASE NO POEMA”O BICHO” E A IMAGEM. QUAL A DIFERENÇA ENTRE SENTIR FOME E PASSAR FOME?


a imagem e uma criança sentada na mesa chorando com a faca e o garfo na mao com fome!

ajuda ai gente!!!

Anexos:

Respostas

respondido por: xXutha
3

Resposta:

1- Manuel Bandeira organiza “O bicho” como um filme hitchcockiano: vai em conta-gotas revelando-nos a trama, o enredo, para só no final, num clímax de emoção, de suspense, mostrar quem é o bicho -- um bicho-homem. Ou será um homem-bicho? Vejamos, por meio da estrutura da narrativa, a trilha especial por onde nos conduz Bandeira:

“Vi (ele, o eu-lírico, testemunhou o fato) ontem (quando? – no dia anterior ao qual foi escrito o poema) um bicho (quem? – o bicho-homem/homem-bicho) / Na imundície do pátio (onde? – o lugar, o ambiente onde se dá o fato) / Catando comida entre os detritos (o quê? -- a ação, o fato central). //Quando (quando? –- o tempo, o momento em que ocorre o fato) achava alguma coisa, / Não examinava nem cheirava: /

Engolia com voracidade (como? – o modo como age o ser/personagem – o enredo). // O bicho não era um cão. / Não era um gato. / Não era um rato (quem? – aqui, para manter o suspense e elevar apenas no final a um máximo grau a emoção, o poeta diz quem não era o bicho). // O bicho, meu Deus, era um homem (eis aqui o ápice da emoção, do sentimento, da revelação).”

Só um elemento nos falta agora: o porquê: a semântica de tudo que está no texto, suas significações explícitas ou mesmo implícitas, conduzindo-nos a uma fulcral indagação a ser feita: por que “O bicho”, por que tal título? Seria ele condizente com o texto e com o contexto?

Lógico que sim, já que o homem (o ser humano enfocado no poema, assim como milhões de outros como ele no mundo) , em face dos descasos dos governos, dos órgãos competentes, da própria sociedade e, muito provavelmente, por ser esquecido por sua família também, encontra-se abandonado à própria sorte, sem ter com que e com quem contar. Não era um tema fictício ou inatual naquela época a denúncia social, nem o seria agora, mais atual ainda do que nunca. É o ser marginalizado, animalizado pela degradação que o atinge física, psicológica e socialmente -- e não por sua escolha, lembremo-nos --, assumindo, aos olhos dos desinformados, ‘atitudes de bicho’.

Contudo, se o primeiro verso (“Vi ontem um bicho”) desperta o leitor para o sentimento da indignação pelo cruel e grotesco destino do “bicho”, e de milhões de desvalidos tais como ele mundo afora, já o último verso (“O bicho, meu Deus, era um homem”), permite o resgate da humana condição do ser, uma redenção, mesmo que apenas no plano do poético. Porém, um poético chocante, pois Bandeira expõe nua e cruamente a dura realidade que a hipocrisia da sociedade capitalista e de consumo tenta escamotear: a existência de centenas de milhões de deserdados das benesses sociais, pessoas que a miséria e o abandono, sem nenhuma dúvida, arrastam para uma condição de quase desumanizados.

Bandeira, por isso tudo, é testemunha de seu tempo e das mazelas sociais de então. Com aparente singeleza, constrói um poema que emociona e desperta para a reflexão, para perguntas imperiosas e que requereriam respostas mais que imediatas: Por que se abandonou o homem? Quem ganhou e ainda ganha com isso? Por que não revolucionamos essa sociedade falha? Podemos -- a curto, médio ou longo prazo (quem dera fosse a curto!) -- solucionar as questões sociais?... Ora, quem diria... É um pequeno-grande poema de um poeta gigante. Viva Bandeira!

2-"A fome física é a necessidade fisiológica do nosso corpo em ingerir energia. Já a fome emocional é um sentimento [desejo] que nos faz ingerir determinados tipos de alimentos, sem que necessariamente estejamos precisando", completa o especialista.

Explicação:

Espero ter ajudado =)

pode dar como melhor resposta?


xXutha: denada =)
Anônimo: obrigado me esquiçi!!
Anônimo: :D
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