Falação (excerto)O Cabralismo. A civilização dos donatários. A Querência e a Exportação.O Carnaval. O Sertão e a Favela. Pau-Brasil. Bárbaro e nosso.A formação étnica rica. A riqueza vegetal. O minério. A cozinha. O vatapá, o ouro e a dança.Contra a fatalidade do primeiro branco aportado e dominando diplomaticamente as selvas selvagens. Citando Virgílio para os tupiniquins. O bacharel.Século XX. Um estouro nos aprendimentos. Os homens que sabiam tudo se deformaram como babéis de borracha. Rebentaram de enciclopedismo.(Oswald de Andrade. Obras completas − Poesia Reunida São Paulo: MEC/Civilização Brasileira, 1972. p. 14)Os donatários que, no processo de colonização portuguesa, receberam capitanias hereditárias,
a)abandonavam essas terras que, em geral, recebiam como herança, uma vez que discordavam da obrigação de pagar tributos à Coroa, fato que impediu, desde o início, a implantação desse sistema administrativo.
b)possuíam recursos para instalar sesmarias, engenhos e vilas, sendo, por isso, nomeados pelo Rei e autorizados a apoderarem-se integralmente dos lucros obtidos nas terras doadas.
c)transferiam-se com suas famílias para as colônias portuguesas, a fim de estabelecer alianças com os nativos, aos quais estavam proibidos de escravizar devido a acordos estabelecidos entre a Coroa e a Companhia de Jesus.
d)eram, em geral, membros da pequena nobreza portuguesa, incumbidos de desenvolver economicamente e administrar o território recebido da Coroa, podendo distribuí-lo em sesmarias.
e)passavam a ser proprietários de terras coloniais com total autonomia administrativa, mediante o compromisso de torná-las áreas de plantio de cana-deaçúcar voltado à exportação.
Respostas
Resposta: D - os capitães donatários ainda respondiam com deveres à coroa, possuíam autonomia, mas não total e em relação aos lucros do Pau-Brasil retinham apenas uma pequena porcentagem.
Eram em geral membros da pequena nobreza, mas também comerciantes ou burocratas, por possuírem pouca experiencia na administração de tão grandes extensões de terra e recursos escassos, na maioria, fracassaram (São Vicente e Pernambuco foram as únicas bem sucedidas).
Portugal optou pelo sistema para evitar ter que investir diretamente no processo de colonização, no momento o país não estava em boas condições econômicas devido a crise no comercio oriental. Posteriormente, devido a ameaça de outras coroas em invadir o território, a coroa instituiu o regime do Governo Geral e centralizou a burocracia de administração do território.