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Um livro didático é, muitas vezes, o único livro de História que milhares de crianças e jovens terão ao longo de toda sua vida. Neste sentido, cabe uma análise profunda de quais conteúdos estes livros trazem para estes indivíduos. Que tipo de história, e em consequência, qual discurso estes livros passam aos seus leitores? Sem entrarmos nos pormenores sobre análise de discurso e semiótica, vamos tentar analisar, em alguns livros didáticos, até que ponto o “eurocentrismo” é afirmado e reafirmado; e como a história da América é colocada nestes livros.
Antes de mais nada, um esclarecimento. O que é eurocentrismo? Entendemos eurocentrismo como uma prática historiográfica que coloca como o “centro” – como “eixo articulador” – de toda a história humana a história europeia. A partir do “núcleo civilizacional” Europa, civilizações se erguem e se desmoronam. Povos entram em cena, somente quando os pés europeus adentram e “desbravam” terras, regiões e continentes. A história de nações inteiras, de culturas inteiras, só se revela ao olhar astuto e “racional” do europeu. A história humana se reduz ao olhar e a dominação europeia no mundo.
Este modo de produzir historiografia tem implicações, por vezes, perversas. A história deixa de ser possibilidade para se tornar indiferença.
O que importa são os acontecimentos europeus, o “resto” é pura consequência.
A história é um conjunto de acontecimentos, de fatos, nos níveis político, econômico, social, cultural e individual, que ocorrem ao longo do tempo e em vários espaços. Cada fato é o resultado de inúmeras variáveis, que dão origem a novos fatos e novas realidades históricas. Isto ocorre num contínuo chamado de processo histórico. A história é o acúmulo da experiência humana em espaços diversos. Pensar espaços diferentes com histórias diferentes e peculiares é pensar a diversidade que a História nos traz como a experiência humana. Sendo assim, pensar as diferentes histórias como “apêndices” de um projeto “universal”, como se propõe o projeto eurocêntrico, é mutilar, retalhar e espedaçar a História.
1.
Todo processo histórico ocorre ao longo do tempo. Neste sentido a cronologia é algo fundamental para que se possam entender estes processos. Entretanto, o que se percebe ao analisar alguns livros didáticos é que, em nome do eurocentrismo, a cronologia é totalmente desrespeitada. Como pode um historiador desrespeitar sua principal fonte de produção de conhecimento: o tempo.
Isto se percebe nos livros didáticos quando eles tratam das civilizações da América Original. Incas, maias, mexicas/astecas, moches e tupis, só entram nas páginas de livros didáticos quando o europeu “descobre” a América. O próprio termo “descoberta” já revela a carga de eurocentrismo contido nestes livros: o europeu descobre o mundo, os povos originais não tem a capacidade de descoberta (não se fala em descoberta do europeu pelos indígenas).
espero ter te ajudado em alguma coisa
peguei do google
tchau !!!
Explicação:
esta tudo no texto acima