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Se observarmos atentamente ao longo do processo histórico, constataremos que “direitos humanos” aparecem no centro das preocupações do homem (variando de intensidade, obviamente, nos diferentes períodos da História). Portanto, é um tema que, mesmo de forma indireta, atravessa os tempos, desde a Grécia Antiga, passando por Roma (onde os cidadãos questionaram fortemente o papel do Estado e sua interferência nas esferas individuais). Diferentes filósofos se debruçaram sobre o assunto, ganhando corpo desde a Idade Média até a era moderna, mais precisamente, Primeira Guerra Mundial. Como fruto deste trágico evento bélico, vozes pregaram o efetivo respeito aos Direitos humanos, com a participação de todas as nações (merecendo reconhecimento universal). Um dos pontos centrais do Tratado de Versalhes, acordo que encerra a grande guerra, foi a criação de um organismo internacional que tivesse, como finalidade essencial, assegurar a paz mundial. Seguindo o mandamento imposto no Tratado, em 15 de novembro de 1920 foi criada a “Liga das Nações”.
A Liga, de fato, conseguiu algumas “vitórias”, com ênfase no incremento dos direitos dos trabalhadores. Foi criada, também, a Corte Internacional de Justiça – com sede em Haia (Holanda).
Contudo, com “vícios” (pré)existentes, a Liga das Nações estava fadada ao fracasso, pois (a) não dispunha de um poder executivo forte (b) e não contava com representantes da União Soviética e dos Estados Unidos (nação de seu idealizador). O advento da Segunda Guerra Mundial acabou frustrando, de vez, as intenções pacifistas dos idealizadores da Liga das Nações.
Aliás, convém recordar os principais fatores que desencadearam a Segunda Grande Guerra:
a) a ideia de Hitler de expandir os domínios territoriais da Alemanha e ampliar a obtenção de poder e recursos materiais (principalmente matérias-primas existentes em outros países).
b) a forte militarização da Alemanha e da Itália durante a década de 1930.
c) o sentimento revanchista na Alemanha nazista diante da derrota na Primeira Guerra Mundial (Hitler pretendia desrespeitar o Tratado de Versalhes e reconquistar territórios perdidos na Primeira Guerra).
d) posteriormente, o ataque a Pearl Harbor, ocorrido em 1941, que representou a ofensiva do Japão contra os Estados Unidos (colocando este país no centro do conflito).negavelmente, foi após a Segunda Guerra Mundial que um projeto humanitário, de cunho internacional, atingiu seu ápice. Lembre-se que a crueldade do regime imposto por Adolf Hitler – nomeadamente, o Holocausto e as bombas americanas lançadas em Hiroshima e Nagazaki – ativou, no âmbito internacional, um “alerta” de preocupação real com o respeito aos Direitos das pessoas na esfera global.
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