Respostas
Resposta:
Os mercados de escravos africanos
recém-chegados às Américas:
Os preços dos escravos têm importância crucial para a compreensão
não só do tráfico negreiro, mas também, em uma escala mais ampla, da
economia atlântica nos dois séculos após 1660. Nos últimos 30 anos, uma
gama de fontes vem fornecendo dados relativos ao século dezenove sobre
venda de escravos nos EUA, Cuba e Brasil. Mesmo que o status dos escravos dos quais derivam estes dados tenha variado quase tanto quanto a sua
localização geográfica, os padrões de preços que eles revelam têm demonstrado semelhanças notáveis.1 Excetuando, no Brasil, Minas Gerais e talvez
a Bahia, o período pré-1800 é muito subestimado. Ademais, mesmo para
o século dezenove, os dados advêm da venda de indivíduos que já moravam nas América há algum tempo. O único corpus substancial de dados
sobre Africanos recém-chegados, e até mesmo sobre o período pré-1800, é
o da ilha de Barbados entre 1673 e 1723.2 Porém, os trabalhos recentes
sobre a remessa de escravos da África para as Américas, os quais culminaram com a publicação do CD ROM da Cambridge University Press3 sobre o comércio de escravos, redundaram em um corpus substancial de novos dados sobre preços. Estes cobrem não somente uma vasta gama de regiões
nas Américas, mas também o período no qual o comércio de escravos cresceu desde os modestos índices dos idos do século dezessete até seu ápice no
final do século dezoito, seguindo-se então o início de seu lento declínio.
Como foi também possível incorporar à análise dados sobre preços de escravos pós-1808, pudemos oferecer uma imagem razoavelmente completa
Explicação:
Os senhores chamavam os africanos recém-chegados, que ainda não entendiam nem falavam português e que não conheciam os costumes da terra, de boçais. Quando os africanos aprendiam português e os costumes da nova terra, mostravam-se obedientes aos seus senhores e desempenhavam bem as tarefas que lhes eram atribuídas, passavam a ser chamados de ladinos. Já os crioulos eram os que haviam nascido no Brasil, tinham o português como a sua primeira língua, quase sempre eram batizados e, pelo menos diante dos senhores, comportavam-se conforme os padrões portugueses, que pouco a pouco iam se tornando brasileiros.