3. Leia mais esse exemplo da poesia de Bilac:
A um poeta
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua!
Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço; e a trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua,
Rica mas sóbria, como um templo grego.
Não se mostre na fábrica o suplício
Do mestre. E, natural, o efeito agrade,
Sem lembrar os andaimes do edifício:
Porque a Beleza, gêmea da Verdade,
Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.
a) Considerando as características da estética parnasiana, comente o sentido do último
verso da primeira estrofe do poema “Trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua!”. O que o
eu poético quis expressar com isso?
c) Retire um aposto do poema. A que termo esse aposto faz referência?
urgente glr
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Resposta:
verso da primeira estrofe do poema Trabalha e teima, e lima, e sofre,e sua! O q o.
eu poético quis expressar com isso?
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28
Resposta: 1- O verso expressa o trabalho, o empenho e a dedicação necessária para se atingir o efeito estético na poesia parnasiana. Assim como um escultor ou ourives (lembrando o poema “Profissão de fé”), o eu poético enaltece a valorização da forma e do belo.
2-Sim, pode-se dizer que Bilac atingiu os preceitos da estética com “A um poeta”, pois o poema apresenta rimas ricas e forma de soneto, que estão de acordo com o modelo parnasiano.
3- O aposto, termo explicativo, é “gêmea da Verdade” e se refere à “Beleza”, no primeiro verso do último terceto.
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