Respostas
Atualmente todas as formações vegetais, em maior ou menor grau, encontram-se modificadas pela ação humana. Isso ocorreu principalmente por causa das atividades agropecuárias e pelos impactos causados pela industrialização e urbanização. Em muitos casos, sobram apenas algumas manchas em que a vegetação original é encontrada, nos quais, embora com pequenas alterações, ainda preserva suas características principais.
Particularmente na Floresta Amazônica há uma enorme quantidade de espécies endêmicas. Parte desse patrimônio genético é conhecido pelas várias nações indígenas que ali habitavam, mas a maioria dessas comunidades nativas está sofrendo um processo de integração à sociedade urbano-industrial que tem levado a perda do patrimônio dos seus conhecimentos. Outro ponto importante que afeta os interesses nacionais dos países onde há florestas tropicais, incluindo o Brasil, é a biopirataria, por meio da qual muitas empresas adotam práticas ilegais para garantir o direito de explorar, futuramente, uma possível matéria prima para a indústria farmacêutica e de cosméticos, entre outras.
No Brasil, os incêndios ou queimadas de florestas, que consomem uma quantidade incalculável de biomassa todos os anos, são provocados para o desenvolvimento de atividades agropecuárias, muitas vezes em grandes projetos que recebem incentivos governamentais e, portanto, sob o amparo da lei. Podem também ser resultado de práticas criminosas ou ainda de acidentes, inclusive naturais.
A devastação já ocorrida deve-se basicamente a fatores econômicos tanto na Amazônia quanto nas florestas africanas e nas do Sul e Sudeste Asiático. Suas principais causas são:
- Extração de madeira;
- Instalação de projetos agropecuários;
- Implantação de projetos de mineração;
- Instalação ou expansão de garimpos;
- Construção de usinas hidrelétricas;
- Incêndios;
- Queimadas (técnica de cultivo tradicional).
As consequências socioambientais das interferências humanas em regiões de florestas são várias:
- Aumento do processo erosivo, o que leva a um empobrecimento do solo;
- Assoreamento dos rios e lagos, que resulta do aumento da sedimentação, que provoca enchentes;
- Rebaixamento do aquífero, causada por menor infiltração de água das chuvas no subsolo;
- Diminuição dos índices pluviométricos, em consequência do fim da transpiração das plantas;
- Elevação das temperaturas locais e regionais, como consequência da maior irradiação de calor para a atmosfera a partir do solo exposto.
- Agravamento do processo de desertificação;