• Matéria: Geografia
  • Autor: nc882035
  • Perguntado 5 anos atrás

Quais as principais vantagens da China possuir uma superpopulação

Respostas

respondido por: hasseluisa
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Resposta:

A China possui, atualmente, a maior população do planeta, com mais de 1,3 bilhões de pessoas. Isso significa dizer que, em termos proporcionais, a cada 7 pessoas no planeta, uma é chinesa, o que representa, para o governo, um problema histórico relacionado com o excesso de pessoas. Diante desse cenário, uma questão estabelece-se: como conter um crescimento ainda mais elevado da população no país?

A política do filho único

Em virtude dessa preocupação, o governo adotou um severo controle demográfico na China a partir dos anos 1970 chamado de política do filho único. Segundo essa lei, cada casal poderia ter apenas um filho, de modo que a geração de um segundo filho poderia acarretar severas punições por parte do Estado, incluindo o pagamento de multa.

Estima-se que esse controle da população chinesa tenha sido responsável por evitar um aumento de 400 milhões de pessoas no país ao longo dos últimos 25 anos. Todavia, esse modelo sofreu pesadas críticas no âmbito internacional. A principal delas envolve um conjunto de acusações contra o governo chinês, que estaria violando os direitos humanos ao suprimir, à força, o segundo filho dos casais por meio de infanticídios, abortos e esterilizações forçadas. Um documentário gravado pela BBC de Londres – chamado de China, os quartos da morte – também apresenta um quadro de denúncia com fortes imagens supostamente gravadas em orfanatos chineses onde bebês do sexo feminino eram abandonados e mortos.

Existem, no entanto, algumas exceções aplicadas à política do filho único na China. Na zona rural, por exemplo, é muitas vezes permitido o segundo filho de um casal, sobretudo quando o primeiro é uma mulher. Isso porque o país considera que o campo, acima de tudo, precisa suprir com sua força de trabalho as necessidades alimentares de toda a população do país. Algumas etnias específicas, como os tibetanos, também possuem exceções à política do filho único do país.

A queda do crescimento demográfico e o envelhecimento populacional

O crescimento demográfico chinês vem diminuindo consideravelmente. Tanto é que a Índia, segundo país mais populoso do mundo, com mais de um bilhão de pessoas, deverá ultrapassar a China em termos populacionais nas próximas décadas, a não ser que esse país também adote severas leis de controle populacional.

Por outro lado, o governo chinês vem encontrando problemas demográficos resultantes da desaceleração do crescimento vegetativo do país. O primeiro deles é a bomba demográfica do envelhecimento, que resultaria do aumento da proporção do número de idosos, o que acarreta sérios desequilíbrios previdenciários. Esse problema, atualmente vivido na Europa e no Japão, seria mais duramente sentido na China, que ainda se encontra em nível de subdesenvolvimento, com muitos problemas sociais.

Por essa razão, o governo, nos últimos anos, vem flexibilizando a política do filho único para conter o problema do envelhecimento populacional na China. Afinal, estima-se que a proporção de trabalhadores e aposentados caia de 5 por 1 para 2 por 1 até o ano de 2030 caso nenhuma medida seja tomada. Além dos problemas com a previdência social, o país também deve sofrer com a queda da mão de obra (um dos principais atrativos atuais do país para os investimentos estrangeiros) e a consequente queda do consumo, trazendo a perspectiva de desaceleração do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).

Apesar desse cenário, as mudanças atuais ainda são tímidas, com a permissão de um segundo filho para os casais que assim o desejam. Além do mais, muitos analistas demográficos vêm apontando que as próprias famílias chinesas (sobretudo as que possuem melhores condições de vida) estão recusando-se a ter esse segundo filho. Caso isso continue, o governo chinês, contraditoriamente, deverá incentivar o crescimento demográfico a fim de evitar que sua população envelheça demasiadamente nas próximas décadas.

respondido por: joybsoncarlos
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Beijing, 22 nov (Xinhua) -- A China deve aproveitar o potencial de sua população, a maior do mundo, para estimular o crescimento econômico enfraquecido do país, disse na quarta-feira um especialista.

Em um seminário realizado pela Escola Nacional de Desenvolvimento (END) da Universidade de Peking, Lin Yifu, ex-economista-chefe do Banco Mundial, disse que a enorme população da China permanece sendo uma vantagem comparativa para abastecer a economia.

A China deve se esforçar para melhorar o emprego e para equilibrar a distribuição da riqueza, a fim de melhor utilizar o bônus demográfico, disse.

Lin, que também é diretor honorário da END, assinalou que aproveitar os benefícios de ter mão-de-obra de baixo custo e manter o apoio governamental nos setores de trabalho intenso são ações significativas não apenas para o crescimento ecônomico, mas também para que mais pessoas da classe operária possam desfrutar dos frutos trazidos pelo crescimento econômico.

As palavras de Lin vieram depois da determinação do 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China sobre o aumento da receita individual e a promoção da reforma no sistema de distribuição, enfatizando a justiça na distribuição secundária.

De acordo com Lin, a injustiça em distribuição é uma incubadora para a corrupção.

Com 1,3 bilhão de pessoas, a China tem a maior população do mundo, seguida pela Índia e pelos Estados Unidos. Fim

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