por muitos anos os primeiros homens dependiam quase que unicamente da visão mitológica do mundo, com o passar do tempo os homens substituíram essa visão pelo pensamento: filosófico,científico,religioso,teológico,metafísico
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Filosofia da história é o estudo do processo histórico e de seu desenvolvimento. Também remete à reflexão sobre o conhecimento histórico, assim como às possibilidades e os modos de obtê-lo. Ela se preocupa com questionamentos básicos a respeito da história e de sua epistemologia. É comum atribuir ao século XVIII o nascimento da filosofia da história, a partir dos escritos de filósofos como Giambattista Vico, Johann Gottfried von Herder, e Voltaire, sendo o último o primeiro a usar esse termo. Apesar disso, elementos da filosofia da história, presentes em reflexões sobre o tempo, existem desde a Antiguidade e o Medievo. Também vale ressaltar que a filosofia da história não se restringe à Europa Ocidental. Filosofias da história se desenvolveram no mundo muçulmano e na Índia. Ainda que não seja uma regra, as filosofias da história elaboradas desde o século XVIII até meados do século XIX se preocuparam com uma história universal de cunho metafísico, ou seja, procuravam um sentido para o curso da humanidade. Com a disciplinarização das áreas do conhecimento ocorridas no século XIX, principalmente a partir do positivismo lógico, o valor universal dessas filosofias passa a ser questionado. Isso dá lugar a novas questões, agora, mais relacionadas à natureza e ao processo de obtenção do conhecimento histórico. Os eventos históricos do século XX, como as Guerras Mundiais, o processo de descolonização, a intensificação do consumo de bens e o giro linguístico, vão tecer um panorama controverso da própria história, diversificando ainda mais o posicionamento de historiadores, filósofos e críticos literários a respeito da filosofia da história.
Desde a publicação de Philosophy of History An Introduction (1951) de W. H. Walsh, a divisão tradicional da filosofia da história é feita entre filosofia especulativa da história e filosofia analítica da história. A primeira está ligada às filosofias da história de cunho metafísico, como a de Hegel e de Vico, e a segunda às que possuem uma relação intrínseca com as questões da historiografia, como a de William Dray e Arthur Danto, sendo também chamada de filosofia crítica da história. Essa divisão da filosofia da história ainda pode ser pensada como indicando um contexto histórico específico no qual a filosofia especulativa teria surgido na Modernidade e a analítica no século XX. Por fim, também pode ser vista como uma categoria histórica, onde há a possibilidade de reformulação das questões e interpretações, encarando as filosofias especulativas e analíticas como categorias fluídas e que podem estar presentes em um mesmo historiador ou filósofo.
Entre os principais temas recorrentes da filosofia da história estão a causalidade dos fenômenos históricos, a possibilidade do conhecimento acerca do passado, o método de explicação adequado à historiografia, as propriedades inerentes a uma narrativa histórica, os critérios de objetividade para o historiador e a natureza do tempo histórico em diferentes âmbitos, como lógico, ontológico e fenomenológico. Esses e outros temas podem ser agrupados em problemas relacionados ou aos fenômenos históricos à parte da historiografia (filosofia especulativa da história) ou às historiografias mesmas e suas implicações, embora algumas das questões mais fundamentais da filosofia da história tangenciem tanto parcialmente a filosofia especulativa quanto parcialmente a analítica. Além disso, a filosofia da história, principalmente por seu diálogo com as ciências sociais e por sua expansão internacional em um contexto pós-colonial, debruçou-se, sobretudo após o século XIX, sobre dificuldades teóricas e extra-teóricas. Esses debates levaram alguns filósofos a posições bastante radicais quanto à natureza da história ou da historiografia e outros às ignorarem quase por completo a natureza da história já que consideravam suas questões como pseudo-problemas ou dificuldades superestimadas.
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Científico