muitas vezes na história a arte foi utilizada como maneira de expressar crenças e religiosidade em diversas culturas obras artísticas foram produzidas como uma forma de cultivar a espiritualidade de transmitir ensino religiosos como os budistas trabalhavam a arte podendo ser um recurso de espiritualidade
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Resposta: RESUMO
Introdução
Religião, saúde e bem-estar espiritual
Alguns pesquisadores propuseram que a religião originou-se como uma maneira de tratar a morte (Malinowski, 1954). As primeiras discussões sobre religião no âmbito da psicologia foram trazidas por Freud, que a considerou como remédio ilusório contra o desamparo. A crença na vida após a morte estaria embasada no medo da morte, análogo ao medo da castração, e a situação à qual o ego estaria reagindo é a de ser
Trauma, desamparo e esperança
Desamparo é uma palavra usada freqüentemente pelos indivíduos traumatizados com TEPT quando procuram expressar seus estados emocionais (Scher e Resick, 2005). Estudos sugerem que o aumento da esperança e a diminuição do desespero e do desamparo podem ser fatores importantes para uma melhor saúde e longevidade (Kubzansky et al., 2001, pp. 913-914). Quando as pessoas se traumatizam, freqüentemente procuram novos sentidos e significados em suas vidas (Peres et al., 2007a). Um fator decisivo ao desenvolvimento de uma resposta resiliente relaciona-se com a maneira que os indivíduos percebem e processam a experiência (Peres e Nasello, 2005). As pessoas que desenvolvem interpretações de como lidar e tentar modificar positivamente o presente podem superar traumas mais facilmente (Bonanno, 2004). As crenças e as práticas espirituais e religiosas baseiam-se fortemente em buscas pessoais para compreender o significado da vida, o relacionamento com o sagrado e o transcendente (Moreira-Almeida e Koenig, 2006). As práticas religiosas podem ter influência importante em como as pessoas interpretam eventos traumáticos e lidam com eles, promovendo percepções resilientes e comportamentos como a aprendizagem positiva da experiência, o amparo para superação da dor psicológica e a auto-confiança em lidar com as adversidades. Um estudo que avaliou as possíveis correlações entre religião e trauma psicológico envolveu 1.385 veteranos de guerra com TEPT em tratamento. As experiências de testemunhar e não conseguir impedir as mortes de soldados companheiros enfraqueceram a fé religiosa, observada como um preditor significativo de uso mais extensivo dos serviços de saúde mental. Curiosamente, a severidade de sintomas do TEPT e as dificuldades no relacionamento interpessoal não foram preditores do uso continuado dos mesmos serviços, tais como a fé enfraquecida. Os autores levantaram a possibilidade de que a motivação preliminar dos veteranos para procurar tratamento continuamente pode ser a busca de significados e finalidades de suas experiências traumáticas. Isto sugere que abordar a espiritualidade pode ser mais central ao tratamento do TEPT do que se tem pensado (Fontana e Rosenheck, 2004). Em outra revisão de 11 estudos empíricos sobre as associações entre religião, espiritualidade e traumas psicológicos, Shaw et al. (2005) mostraram três achados principais: a religião e a espiritualidade são geralmente, embora não sempre, benéficas ao tratamento pós-trauma; as experiências traumáticas podem conduzir ao aprofundamento da religiosidade ou da espiritualidade; e o manejo religioso positivo, a abertura religiosa, a prontidão para enfrentar perguntas existenciais e a religiosidade intrínseca estiveram associados com a superação psicológica pós-trauma. Pargament et al. (2004) propõem que o manejo religioso pode ter algo especial a oferecer: "Pode equipar excepcionalmente indivíduos para responderem às situações em que se vêem face a face com os limites do poder e do controle humanos quando confrontados com suas vulnerabilidades". Os autores ainda referem que as crenças e as práticas religiosas podem reduzir a perda de controle e o desamparo, fornecendo uma estrutura cognitiva que possa diminuir o sofrer e desenvolver a finalidade e significado em face ao trauma.
Explicação: