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1. (UFMG) Leia este trecho:
Certa vez, segui um rastro de açúcar no chão de um supermercado, empurrando meu carrinho de um lado para o outro de uma estante. procurando o comprador com o saco de açúcar rasgado para lhe dizer que ele
estava fazendo uma bagunça. A cada volta em torno da estante, o rastro ficava mais grosso Parecia, no entanto, impossível pegá-lo. Finalmente, percebi que eu era o comprador que estava tentando alcançar.
No inicio, acreditei que o comprador com o saco de açúcar rasgado estava fazendo uma bagunça. E estava certo. Eu não acreditava, no entanto, que eu estava fazendo uma bagunça. Isso parece ser algo em que passei a acreditar Quando passei a acreditar nisto, parei de seguir o rastro em torno da estante e mudei a posição do saco rasgado no meu carrinho.
PERRY. John The problem of the essential indexical The problem of the essential indexical and other essays Stanford: CSLI Publications
2000 p 27
Com base na leitura desse trecho:
a) identifique e caracterize as duas crenças do comprador no supermercado;
b) explique a diferença entre essas duas crenças, relacionando-as ao comportamento do comprador.
Respostas
A) O comprador parte de que há alguém com um saco de açúcar fazendo uma bagunça no supermercado ao deixar o saco rasgado sujar o ambiente. Sua crença se faz na perspectiva do outro como causador do problema. No segundo momento a crença do autor e de que ele era o causador do problema (sujeira), e que ele era o responsável pelo ocorrido, e lhe coube apenas mudar o saco rasgado de posição e alterar a sua trajetória.
B) Podemos fazer um paralelo sobre a perspectiva do indivíduo. O indivíduo percebe e age de acordo com a sua perspectiva de avaliação e comportamento momentâneo. Desta forma, ao analisarmos o comportamento do comprador, percebemos em primeiro momento que a sua postura foi notar que havia alguém fazendo “uma bagunça”. Porém ao perceber que ele é que estava fazendo uma bagunça, custou a acreditar que ele era o responsável pelo incidente, pois a perspectiva foi remetida ao seu eu, e que não se via sendo capaz de executar uma ação tão absurda quanto aquela vivenciada.