• Matéria: Geografia
  • Autor: AnaPaula2106
  • Perguntado 5 anos atrás

Como o conhecimento da geografia é da demografia podem nos ajudar a compreender e enfrentar pandemias como essa do coronavirus​

Respostas

respondido por: myllenaa007
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Resposta:Em tempo de profundas crises, a sociedade e seus indivíduos tendem a retomar questões essenciais da existência, questionando sobre quem somos, de onde viemos e para onde vamos. Nestes períodos, onde o presente parece vazio e o futuro incerto, a ciência também necessita redefinir seu lugar e reinventar-se perante os novos desafios impostos, neste caso, por uma pandemia global, que é multiescalar e multifacetada. Todas as ciências humanas estão sendo afetadas pela crise da dimensão da Covid-19; só que estas, dada a urgência tanto da reflexão epistemológica quanto da produção de soluções, acabam por ampliar as perguntas existenciais para um delineamento mais concreto e objetivado, através do por quê, onde e como.

A ciência geográfica – em especial a Geografia Humana – neste contexto, é encorajada a apresentar “respostas” embasadas por sua abordagem espacial, dialética e crítica, utilizando-se do plural arcabouço teórico-metodológico que a constitui. Além disso, com a difusão do negacionismo científico em terras tupiniquins, articulada ao retorno das polêmicas em torno de ideias como determinismo climático e terraplanismo, a geografia torna-se primordial, não somente pelas reflexões que produz, mas por ser capaz de combater este absurdo movimento anticiência, antivida, anti-humanidade. E uma das formas de combater o obscurantismo é dar visibilidade à produção geográfica sobre a crise e, principalmente, demarcar o lugar e a luta desta ciência no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. Para tanto, as palavras que seguem extrapolam os critérios acadêmicos de publicação e buscam atingir com explicações e provocações todo o tipo de público interessado em geografia e no que fazemos. Profundo ainda que simples, didático ainda que complexo, defende o conhecimento bem como o direito universal de qualquer pessoa em acessar o conhecimento “das coisas que acontecem todo dia em nosso tempo e lugar”1

Desde a divulgação dos primeiros casos do novo coronavírus na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei, na China, em dezembro de 20192, que cientistas em todo o mundo vêm observando com preocupação este fenômeno antes mesmo de ser declarado como pandemia pela OMS3 no dia 11 de Março de 2020.4 Por conta da sua dimensão e aceleração no tempo e espaço – sua distribuição geográfica e as múltiplas conexões entre sociedade e natureza no mundo globalizado, densamente e desigualmente técnico – enviesado por eventos e processos, tais como: o início do contágio a partir dos animais, políticas de Estado neoliberais e dinâmicas econômicas protagonistas (viagens e turismo), esta crise possibilita a ciência geográfica, em especial, a construção de um olhar mais apurado para a questão que é desafiadora e complexa.

Explicação: espero ter ajudado...

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